Uma empresária londrinense procurou a PM (Polícia Militar) nesta semana após ser vítima do “golpe da van escolar”. A mulher estava em busca de um veículo de transporte para levar e buscar a filha de seis anos na escola com o início do ano letivo. Com dificuldade de encontrar alguém que fizesse a rota entre a casa, na zona norte, e a unidade, na região oeste, procurou nas redes sociais, até que encontrou um anúncio, inclusive com outras supostas mães indicando o serviço.

No entanto, somente depois descobriu que tudo fazia parte de uma ação orquestrada. “Entrei em contato com ele, que falou que fazia a minha rota, que iria passar um contrato para eu colocar os dados, me pediu informações de imediato para segurar a vaga e explicou que assim que fizesse o PIX, iria me dar uma chave de acesso para ver as câmeras da van”, relatou a mulher, que preferiu não ser identificada. “Tinha me sentido muito segura. Seria a primeira vez que minha filha usaria van.”

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A vítima fez um PIX de R$ 350 para o falso motorista. No entanto, ao cobrar explicações passou a ser assediada virtualmente e até mesmo ameaçada de morte, com a pessoa dizendo que iria até o comércio dela, no centro. “Estava com bastante medo, um policial me orientou a fazer um BO (Boletim de Ocorrência). Eles ficam com pressão para que não tenham denúncias”, comentou.

O golpista se utilizava no WhatsApp da foto de um idoso e na descrição informava que tinha credenciamento junto à prefeitura e ao Detran, o que era mentira. “Vi que muitas mães caíram no mesmo golpe. Estão aplicando em outras cidades também e não somente em Londrina”, alertou. A mulher agora tenta reaver o dinheiro direto com o banco.

ORIENTAÇÃO

No site da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), no cmtu.londrina.pr.gov.br, existe uma aba que lista todas as vans escolares que estão credenciadas e periciadas para rodar na cidade. A PM dá outras orientações para as pessoas não caírem no golpe e ainda destaca a importância de registrar a denúncia.

“Nunca faça pagamentos por serviços que não conhece e nem assine contrato sem que a pessoa apresente documentos que comprove o trabalho. A internet está cheia de propaganda enganosa que pode seduzir, mas na verdade não passa de um golpe”, advertiu o capitão Emerson Castro, porta-voz do 5º Batalhão da Polícia Militar.