Empresa investe em 'orelhões temáticos'
PUBLICAÇÃO
domingo, 16 de janeiro de 2000
Israel Reinstein
De Curitiba
Uma empresa em Curitiba resolveu ganhar dinheiro e defender animais em extinção com uma idéia, no mínimo, inusitada. Baseada em modelos instalados no Mato Grosso, a Posiart criou telefones públicos com formatos de animais em extinção.
A idéia surgiu quando uma amiga mostrou telefones públicos que eram feitos no Pantanal com animais daquela região, conta a produtora Pietra Ribeiro, sócia da empresa Posiart. Ela diz que inspirado nessa idéia decidiram adaptar a proposta para o Paraná. Já entramos em contanto com empresários, prefeituras e a Secretaria Estadual de Turismo, que já se interessaram em implantar os orelhões, informa.
Uma das localidades que deve abrigar os telefones é o Parque Nacional do Iguaçu. Está sendo feito telefones da forma de quatis, que é o símbolo do parque, afirma. Em Curitiba, a Posiart pretende colocar gralhas azuis no Passeio Público. Por enquanto, apenas um restaurante da cidade tem um tucano-telefone. Coloquei porque esse telefone é muito bonito e acaba sendo de referencial para quem transita por aqui, explicou o proprietário do Restaurante Positano, Ivan Chiamenti, que investiu quase R$ 2 mil no telefone.
O empresário afirmou que quando viajava pelo País já tinha visto estes telefones de animais. Sempre gostei, porque entendi que é uma forma de preservar o meio-ambiente, diz. Durante os fins-de-semana, quando o público do estabelecimento é de famílias, Chiamenti afirma que as crianças podem tirar foto ao lado do telefone. Esse contato faz com que as crianças queiram saber um pouco mais dos animais, afirma Pietra Ribeiro.
Em julho dos ano passado, os chamados orelhões ecológicos já estavam nos planos da Telepar em instalá-los nos municípios banhados pelo Lago de Itaipu na Costa Oeste. Em outubro de 1998 o Parque do Ingá, em Maringá, foi o primeiro a ter três orelhões temáticos instalados no Estado com os formatos de onça e arara.
