Depois de mais de um ano e meio fechado, em decorrência da pandemia da Covid-19, o Jardim Botânico de Londrina voltou a ser uma opção democrática de lazer para famílias de toda a região. A reabertura ocorreu no início da semana e o clima agradável registrado em Londrina na tarde deste sábado (13) colaborou para que centenas de pessoas ocupassem o local.

Imagem ilustrativa da imagem Em tarde de clima agradável, famílias aproveitam reabertura do Jardim Botânico
| Foto: Vitor Struck/Grupo FOLHA

Por conta do “feriadão” da Proclamação da República, um passeio no "Botânico" foi o programa ideal para muitas famílias que estavam recebendo visitas. Foi o caso do personal trainer Glauber Garcia, que aproveitou o sábado para passear ao lado de um grupo de amigos de São Paulo hospedado em sua casa. Morador de Cambé, revelou que estava sentindo falta do espaço.

“Sempre vínhamos uma ou duas vezes por final de semana. Estava fazendo falta o momento de lazer e acredito que a área vai ser mais valorizada. Precisa de algumas reformas, algumas coisinhas, acesso e sinalização, mas no geral está bom”, avaliou.

Questionado, avaliou que não vê problemas na cessão do espaço para a iniciativa privada desde que melhorias sejam realizadas. “Se for para cobrar uma taxa para se investir em melhorias, é válido. Agora, se deixar do jeito que está, fica difícil a população acatar”, avaliou, mencionando que até R$ 5 seria um valor aceitável, desde que apenas adultos sejam cobrados.

“Com uma família de cinco crianças, você e sua esposa, mais o custo de vir para cá e o lanche, muitas vezes você vai querer ficar em casa mesmo”, avaliou o zelador Paulo Silva, morador de São Paulo, que visitava o espaço pela primeira vez.

Com mais de 1 milhão de metros quadrados de área verde, nascentes e belezas naturais, o Jardim Botânico de Londrina chegou a receber 52 mil visitantes em apenas um ano de funcionamento. Com os passar dos anos, o espaço passou a ser ocupado para diversas finalidades, desde a prática de exercícios e esportes como ciclismo e skate na modalidade longboard, à realização de ensaios fotográficos e encontros de amantes de veículos antigos.

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| Foto: Vitor Struck/Grupo FOLHA

As discussões sobre a cessão da área para a iniciativa privada ainda estão no início e surgiram no âmbito do CPAR (Conselho do Programa de Parcerias do Paraná). Conforme o Governo do Paraná, estudos estão sendo gerenciados pelo SGPAR (Superintendência Geral de Parcerias), subordinada à Secretaria Estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo). E, além do Jardim Botânico, também estão em fase de análise para concessão o Parque Estadual Guartelá (Campos Gerais) e o Monumento Salto São João (Prudentópolis). Já o Parque Vila Velha (Ponta Grossa) atravessou esta etapa em 2019.

A ideia não agradou muito a dona de casa Andrea Makiyama, que recebia um grupo de amigas do interior de Goiás. "A gente paga imposto, para que que serve? Para fazer a manutenção da cidade, para as coisas. Eu acho que é um dinheiro que já pagamos. Olha quanta gente está fazendo piquenique, trazendo os filhos. Eu acho que não é viável não", avaliou.

Ela e as amigas Vanilda Lima, Nílva Maria de Lima e Nilma Aparecida, que vieram de Trindade (GO) visitar Londrina, disseram não acreditar que a entrada seria gratuita após mudanças na gestão.

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