Londrina foi escolhida pelo governo federal para ser a primeira cidade do Brasil a receber o projeto-piloto Letramento Digital. O programa, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, vai focar na capacitação de estudantes, professores e profissionais em habilidades demandadas pela Indústria 4.0, ou seja, na utilização da tecnologia e já pensando nas chamadas profissões do futuro.

O evento de lançamento aconteceu na escola municipal Maestro Roberto Pereira Panico, na zona leste, e contou com a presença do ministro Paulo Alvim. “Londrina é um polo de inovação e tem visibilidade. Nada melhor que iniciar o projeto onde tem chances de dar certo. Precisamos incorporar essas práticas no ambiente da educação", destacou o titular da pasta.

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Inicialmente, 120 pessoas - entre estudantes do ensino médio, técnico e superior, além professores e profissionais em geral - serão selecionadas para receber uma capacitação de 190 horas. Na sequência, este grupo de agentes multiplicadores vai levar os ensinamentos para até dos mil alunos da rede municipal, com auxílio de uma instituição de ciência e tecnologia privada.

Serão contemplados nesta segunda etapa estudantes do 4º e 5º ano do ensino fundamental com uma formação de 90 horas. Ao todo, a rede tem aproximadamente dez mil crianças matriculadas nessas turmas.

“Letrar digitalmente é permitir que as pessoas possam entender a tecnologia no seu conceito e utilizar para aplicações no seu dia a dia e profissões. Isso vai se dar em cursos segmentados. As crianças, por exemplo, aprenderão lógica de programação, conhecimento de linguagens específicas, competências comportamentais. São cursos que terão aplicação prática”, explicou José Augusto de Lima Prestes, coordenador-geral do projeto Letramento Digital. O curso é os materiais não terão custos para os participantes.

RECURSO

Somente em Londrina o investimento federal é de R$ 6 milhões, dinheiro que também será usado para concessão de bolsa para os multiplicadores. “Os multiplicadores serão selecionados até o final de setembro e entre outubro e novembro deve iniciar o curso com os alunos. A ideia é começar pela escola municipal Maestro Roberto Pereira Panico e criar uma ‘onda’ para as outras unidades”, afirmou Maria Tereza Paschoal de Moraes, secretária municipal de Educação.

CARREIRA

O projeto será executado pela Facti (Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação), que é uma fundação privada, com o apoio da Positivo Tecnologia. A ideia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações é levar a iniciativa para outras cidades brasileiras, sempre fomentando o ambiente escolar.

“Precisamos preparar profissionais para migrá-los para a carreira das ciências, engenharias, tecnologias e matemática. Inclui-los na dinâmica da economia digital. Essa parceria busca fortalecer a identificação e percepção dos estudantes sobre a importância da tecnologia da informação e comunicação”, elencou o ministro Paulo Alvim, que veio à cidade a convite da deputada federal Luisa Canziani e do ex-deputado e ex-secretário municipal de Governo Alex Canziani.

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