Começaram oficialmente nesta sexta-feira (16) as primeiras intervenções de duplicação da rua Constantino Pialarissi. As obras contemplam uma extensão de aproximadamente 2,8 quilômetros, indo das proximidades da reitoria da UEL (Universidade Estadual de Londrina) até a região dos condomínios, como o Royal Golf. O prazo estipulado em contrato é de dez meses para conclusão, com um custo de R$ 31 milhões, valor maior, por exemplo, do que foi previsto inicialmente para a construção da trincheira da avenida Leste-Oeste.

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O recurso é proveniente de um financiamento feito pela Prefeitura de Londrina junto à Caixa Econômica Federal, somado a uma verba do Fundo Municipal de Saneamento. A empresa que vai executar os serviços é o Consórcio EP - Portal de Versalhes III. As novas pistas, onde hoje a maior parte do trajeto é de estrada de terra, vão ligar as zonas sul e oeste e servir como uma opção para os motoristas que atualmente só conseguem sair da localidade dos condomínios pela rodovia Mábio Gonçalves Palhano e avenida Madre Leônia Milito.

“A obra inicia com a duplicação do trecho da Constantino Pialarissi que fica ao lado da UEL e vai até a divisa da universidade, onde será construída uma grande rotatória, que é o entroncamento de uma rua projetada, que é a Ernâni Lacerda de Athayde”, explicou João Verçosa, secretário municipal de Obras e Pavimentação. “Há uma previsão da Ernani Lacerda, no futuro, transpor a PR-445 por meio de uma trincheira, em que a rodovia passaria por cima. Tem um projeto dessa transposição e se encontraria nessa primeira rotatória”, comentou. No ponto final da duplicação será feita outra rotatória.

DOAÇÕES DE ÁREAS

Com uma rotina de obras públicas que atrasam na cidade, o secretário ponderou que esta deverá sair conforme planejado. “Vamos pegar boa parte dessa obra em locais que não têm ocupação. Então, temos um grande trecho que não vai ter interferência, o que facilita a execução. Além disso, na parte de baixo temos um investimento em infraestrutura de galeria pluvial, facilitando para as ocupações de futuros empreendimentos”, destacou.

Projeto de como ficará a obra
Projeto de como ficará a obra | Foto: Pedro Marconi

Os proprietários de terrenos que a avenida vai passar fizeram a doação das áreas. “Como era um clamor dos moradores da região a maioria fez a doação. Um único lote talvez tenhamos que fazer desapropriação, mas essa é uma questão bem encaminhada. É uma obra que vai ter ciclovia”, pontuou. Na altura da UEL as pistas deverão ser mais estreitas, com um pequeno canteiro, assim como ocorre na avenida Maringá.

INTERDIÇÕES

Neste primeiro momento ficarão bloqueadas as entradas e saídas do campus da universidade, com os moradores e comerciantes da rua Delaine Negro tendo que utilizar as ruas Agostinho Hass e João Calvino. O ponto de ônibus que fica no local interditado deixará de ser atendido pela linha 315 – Columbia. A orientação é para os passageiros utilizarem os pontos do antigo Hospital de Clínicas ou da marginal da PR-445.

Na segunda etapa do projeto haverá bloqueio no trecho entre o portão da reitoria até a rotatória da COU (Clínica Odontológica Universitária), o que deverá ser previamente comunicado.

PROJETO DE VIADUTO

Segundo o prefeito Marcelo Belinati, a obra da Constatino Pialarissi somada à duplicação da avenida Octávio Genta, ligando até a Waldemar Spranger, deve desafogar o trânsito na cidade e facilitar outras melhorias. “Quando concluímos o projeto do viaduto da trincheira da Madre Leônia com a Ayrton Senna surgiu um problema: se fechar o trânsito ali, não existiria uma alternativa viária para as pessoas passarem. Optamos em primeiro fazer a Octávio Genta e agora a Constantino Pialarissi para depois fazer uma nova avaliação da real necessidade de se fazer uma trincheira na Ayrton Senna”, detalhou.

No entanto, a decisão por tirar do papel ou não esta outra estrutura ficará para a próxima administração municipal. “Nós estamos deixando o projeto pronto”, frisou o chefe do Executivo londrinense. Ainda neste ano deverá ser licitada a duplicação da entrada do condomínio Royal Golf até a avenida Gil de Abreu e Souza.

AVENIDA JK

Também nesta semana iniciou o recapeamento da avenida Juscelino Kubitschek, da Tiradentes até a Duque de Caxias. Ao todo serão 3,6 quilômetros de reconstituição de asfalto, o que deve durar 20 dias. “Este serviço será concomitante com o fluxo dos veículos, ocupando uma pista de cada vez. Vamos deixar para fazer o recape nos principais cruzamentos, já que tem universidade ali, aos fins de semana”, pontuou João Verçosa.

A reperfilagem asfáltica vai custar R$ 4 milhões, dinheiro financiado da Caixa Econômica Federal. A terceirizada que vai realizar o recape já tinha contrato com o município. O trecho entre a Duque de Caxias e a Santos Dumont não terá intervenções. “Na nossa avaliação não vimos a necessidade de fazer a recomposição nesse momento, mas obviamente, na hora que estiver fazendo e perceber que vai ficar uma diferença grande, aí complementamos”, justificou o secretário.