No Terminal Central Transporte Coletivo de Londrina, o chefe de segurança, Dejalma Antônio dos Santos, informa que nesta semana duas mulheres foram detidas e encaminhadas para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, após furto em uma das linhas. Ele comenta que os suspeitos costumam agir dentro do ônibus para que tenham tempo de sair do coletivo antes da chegada ao Terminal Central.

Imagem ilustrativa da imagem Duas mulheres são detidas no Terminal de Londrina por furto
| Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

As vítimas, na maioria, são mulheres e idosos. “Os criminosos agem em dupla, enquanto um distrai o outro fica em cima, aproveitando que o ônibus está cheio para 'trombar' na pessoa e furtar o celular ou carteira”, afirma. "Os suspeitos agem e imediatamente desembarcam do ônibus. Quando os usuários chegam no Terminal, já não há mais o que fazer a não ser registrar a queixa”, afirma Santos. Os seguranças orientam as vítimas para irem até a delegacia registrar o Boletim de Ocorrência, mas “muitas vezes as pessoas nem percebem que foram furtadas, descobrem só depois”, relata.

Sobre as câmeras, o chefe de segurança afirma ter sido um importante instrumento para coibir e identificar os suspeitos. “A Polícia Civil está utilizando as ferramentas possíveis para identificação, isso contribuiu par alcançar informações das quadrilhas. Existem câmeras tanto nos terminais quanto em alguns coletivos”, afirma.

USUÁRIOS ATENTOS

Na teoria, os idosos sabem o que fazer para evitar serem alvos de criminosos. Em um ponto de ônibus de Londrina, Josué Borges, 64, conta que evita conversas longas com estranhos. Para ele, os idosos confiam mais e acabam sendo vítimas fáceis. “Os criminosos acabam aproveitando dessa simplicidade. Infelizmente, as pessoas têm que estar atentas em todo lugar, não só no ônibus”, menciona.

José de Oliveira, 66, usa pouco o transporte coletivo, mas quando precisa, diz que desconfia de alguns comportamentos. “Primeiro, tem que ver que tipo de conversa as pessoas têm, como te abordam, fazendo todo tipo de pergunta, se você não presta atenção, você cai”, comenta.

Lindaura Isabel de Souza, 73, diz que toma cuidado com os pertences. Ela aguardava o ônibus com uma bolsa embaixo do braço e sacola na mão. “Eu abraço a minha bolsa e a sacola eu coloco no chão entre as pernas. Eu também olho bem quem conversa comigo, se for uma pessoa diferente, não dou muita atenção”, afirma.

Sobre carregar cartões e dinheiro, os três afirmam não ter o costume de andar com as senhas e que possuem pouco dinheiro no bolso.