Doenças crônicas se agravam no inverno
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 07 de abril de 2000
Emerson Gonçalves
Especial para a Folha
De Curitiba
Doenças crônicas como asma, bronquite, diabetes e até reumatismo tendem a se agravar no inverno. Esta é a opinião de especialistas do assunto. No caso das doenças respiratórias, o problema é mais evidente. O médico pneumologista Jairo Esponholz Araújo explica que os resfriados e gripes são as incidências mais comuns nesse período. A gripe em especial merece uma atenção redobrada. Temos como exemplo os casos de gripe espanhola e asiática, mas casos crônicos como bronquite e asma também precisam ser observados com cuidado, aponta.
Ele acrescenta ainda que a transmissão de doenças virais neste período é facilitada pelo fato das pessoas permanecerem em ambientes mais fechados, pouco ventilados e iluminados. Daí o surgimento de sarampo, varíola e rubéola, entre outras anomalias, comuns no inverno, comenta o médico.
Apesar da baixa temperatura, o pneumologista recomenda que, sempre que possível, deve-se deixar arejar os ambientes, assim como tirar os agasalhos dos armários e deixá-los em lugares abertos. O mofo concentrado nessas roupas, por estarem muito tempo guardadas, podem ocasionar problemas alérgicos.
Além dessas recomendações o médico pede para que os idosos em especial não evitem a vacinação antigripal. Houve muito alarde com relação a efeitos colaterais do medicamento. Gostaria de dizer que a vacina ainda é a melhor solução para a gripe, garante Jairo Esponholz.
No próximo dia 17, a Prefeitura de Curitiba vai deflagrar mais uma campanha de vacinação contra a gripe. Na última edição, realizada no ano passado, foram vacinados 77 mil pessoas com idade acima de 65 anos, o que correspondeu a 98% da meta estabelecida.
ReumatismoJá as doenças reumáticas também incomodam com mais frequência na estação mais fria do ano. Uma simples dor no corpo, após uma noite de sono pode ser indício de uma das 108 formas reumáticas existentes, comenta o reumatologista Sebastião Radominski, presidente da Sociedade Paranaense de Reumatologia. Diz ainda que alguns distúrbios do gênero começam já na pré-adolescência, embora só sejam considerados importantes bem mais tarde, na fase adulta. Segundo dados da Secretaria de Saúde de Curitiba, são feitas mensalmente 785 consultas de casos de reumatismo em adultos nos postos locais.