Imagem ilustrativa da imagem Doadores de sangue pet: confira  os requisitos
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São Paulo - Entre apaixonados por animais, são frequentes as histórias de resgate e ajuda voluntária a bichinhos necessitados. Mas você sabia que doando sangue do seu pet é possível salvar mais de uma vida animal em risco? Isso porque ter bolsas de sangue animal à disposição é essencial nos estabelecimentos que realizam procedimentos de emergência, como casos de hemorragia, atropelamentos e cirurgias em decorrência de diferentes tipos de quadros.

“Embora tenha alta rotatividade em hospitais, o número de bancos de sangue para animais no Brasil é pequeno”, afirma Paulo Corte, membro das comissões de Entidades Veterinárias Regionais (CEVRSP) e Técnica Clínicos de Pequenos Animais (CTCPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).

De acordo com Corte, no hospital no qual ele atua como diretor, no interior de São Paulo, são utilizadas, em média, oito bolsas de sangue por semana, ou seja, mais do que uma por dia. Portanto, a existência e o abastecimento contínuo de bancos de sangue animal são imprescindíveis. “Com a transfusão é possível suprir as necessidades básicas de vida do animal, mantendo-o vivo até que se possa fazer outros procedimentos”, ressalta médico-veterinário Otávio Verlengia, que também integra a CTCPA/CRMV-SP.

PRÉ-REQUISITOS

Para que o animal esteja apto a ser um doador, ele precisa preencher alguns pré-requisitos. Confira:

CÃES

- ter no máximo oito anos;

- pesar mais de 25 quilos;

- estar com as vacinas anuais em dia;

- estar com o controle de pulgas, carrapatos e vermes em dia;

- não ter recebido transfusão sanguínea;

- não ter realizado cirurgia nos últimos 30 dias;

- se fêmea, não estar no cio nem prenhe.

GATOS

- ter entre um e sete anos;

- pesar no mínimo quatro quilos;

- não apresentar doenças;

- estar com as vacinas anuais em dia;

- estar com o controle de pulgas, carrapatos e vermes em dia;

- não ter recebido transfusão sanguínea.

“Preenchendo esses pré-requisitos, os animais passam por avaliação clínica. Se estiver tudo bem, são encaminhados para o exame de triagem e, com resultados satisfatórios, os animais são considerados doadores aptos”, diz Corte.

O médico-veterinário explica que quando a coleta é realizada, uma amostra é separada para diversos testes de doenças infecciosas. A coleta é rápida, dura em torno de 15 minutos, e o tutor pode acompanhar todo o processo. “Após a coleta, o animal deve ficar 24 horas de repouso” recomenda Corte. (As informações são do CRMVSP)