O início da reforma da Ponte da Amizade, ligação do Brasil ao Paraguai, anunciado para ontem, foi transferido para amanhã. A mudança foi determinada em virtude de ajustes administrativos. É a primeira revitalização geral da pista e da base de sustentação. Desde 1965, quando foi inaugurada, a ponte havia recebido apenas pequenas reformas. O serviço está orçado em R$ 435 mil.

Apesar de continuar no papel, a manutenção já preocupa autoridades, que estudam formas de diminuir o impacto para o trânsito de 19,2 mil veículos e 15 mil pedestres que circulam diariamente pelo local, segundo o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). Esse fluxo usará somente meia pista a partir do dia 17, data prevista para o começo da colocação de oito juntas de dilatação.

Metade da pista deve ficar interditada de 30 a 45 dias, aumentando ainda mais o congestionamento no trânsito. A primeira alternativa encontrada pelo DNER, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e Polícia Federal foi implantar semáforos nas duas cabaceiras da ponte (a passagem será liberada somente quando o último veículo do comboio concluir a travessia).

''Infelizmente não há outra forma. Mas é um sacrifício que será feito para o próprio benefício da ponte, para preservar sua vida útil e para preservar a segurança de quem passar sobre ela. Além, é claro, para restituir a própria beleza da estrutura'', disse o chefe do DNER em Foz, engenheiro Vicente Veríssimo Júnior.

Os órgãos estudam ainda a possibilidade de permitir a passagem de caminhões (tanto de exportação quanto de importação) somente à noite. Atualmente, os caminhoneiros representam 15% dos motoristas que usam a ligação entre os países. Representantes do DNER, RF, PF, PRF se reúnem na quinta-feira com autoridades paraguaias com objetivo de encontrar outras maneiras para amenizar os danos da reforma no trânsito fronteiriço.