Serviço que foi liberado no começo desta semana em Londrina, o “Disque-Coronavírus” tem tido aumento na demanda de moradores que desejam tirar dúvidas e ter esclarecimentos sobre a Covid-19. O fone 0800 400 1234 funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. “Como é algo novo, muitas pessoas ainda desconhecem e a tendência é de aumento”, apontou Sônia Fernandes, diretora de Vigilância em Saúde do município.

Quatro pessoas estão trabalhando em cada turno, com enfermeiros atendendo as ligações. A atividade está ligada à Vigilância em Saúde. “Tem horas que o fluxo é grande de ligações, têm momentos que o pessoal técnico fica desocupado” afirmou. As dúvidas têm sido generalizadas, como relacionadas a sintomas, qual serviço procurar e ainda denúncias.

A diretoria não tem um perfil dos munícipes que têm ligado, entretanto, os profissionais estão notando que a predominância é de adultos e com idade maior. A equipe tem uma proposta de ampliar os atendimentos para todos os dias da semana e até as 23h, entretanto, a avaliação está sendo diária e vai depender da necessidade que for identificada.

Os servidores e demais responsáveis estão sendo atualizados sobre os decretos municipais e novas orientações do Ministério da Saúde e Sesa (Secretaria Municipal de Saúde). “Temos acompanhado tudo e mantido o pessoal inteirado para que possam repassar todas as informações”, destacou.

De acordo com Fernandes, o serviço é essencial neste momento e pode colaborar de diversas maneiras, entre elas evitar a disseminação de boatos sobre a doença. “É um canal importante para ter informações verdadeiras. Hoje, quando buscamos na internet e redes sociais, existe muito material que não é verdadeiro. Ainda evita que as pessoas procurem de maneira desnecessária as unidades de saúde”, elencou.

Imagem ilustrativa da imagem Disque-Coronavírus em Londrina funciona de segunda a sexta
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Uma observação é de que metade das ligações sobre sintomas tratam da dengue e não sinais de coronavírus. “Cerca de 50% não tem sintomas respiratórios e que são mais compatíveis à dengue. Nossa cidade ainda vive uma epidemia de dengue e embora a população esteja preocupada com a Covid-19, não podem deixar os cuidados com o mosquito Aedes aegypti”, advertiu. “Tem gente que está com tanto medo, que vem deixando de fazer o estadiamento (da dengue) e ficando em casa, o que pode complicar.”