Dez presos fogem da cadeia de Ibiporã; dois são recapturados
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terça-feira, 27 de fevereiro de 2001
Betânia Rodrigues De Londrina
Dez presos fugiram da cadeia pública de Ibiporã na madrugada de segunda-feira. Dois foram recapturados no mesmo dia e até ontem à tarde a polícia não tinha pista do paradeiro dos outros.
Segundo o investigador Paulo Figueira, os detentos da cela 6 cerraram a grade, arrebentaram o cadeado da cela 4, arrombaram a porta que dá acesso ao solário, escalaram um muro de oito metros com uma tereza (corda feita com lençóis) e chegaram à rua depois de cerrar a grade de proteção do pátio. O investigador não ouviu nada porque as celas ficam distantes. Além disso, o barulho da festa de Carnaval no Centro Social era muito grande, justificou.
A polícia só descobriu a fuga por volta das 8h30 na troca de plantão. Adinor José dos Santos e Dani Franch Lazarini de Miranda foram encontrados ainda em Ibiporã. De acordo com Figueira, a maioria dos fugitivos é da região e, em geral, cumpre pena por homicídio, tráfico de drogas, roubo e furto. Fazem parte do grupo: Alexandre Vieira, Aliomar Vaz da Silva, Carlos Jaime Alves, Edinaldo Ferreira da Silva, Everaldo Pires, Osmar Aparecido André, Romerson Galdino Inácio e Valdir Dias Moraes.
Uma tentativa de fuga na Delegacia de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, foi frustrada na tarde de anteontem. Os presos usaram uma serrinha e fizeram um buraco no teto do solário. Um deles conseguiu atingir o lado de fora da delegacia, mas foi preso pelos plantonistas que acompanhavam os movimentos da delegacia através do circuito interno de vigilância. Eu vi na câmera que ele estava fugindo e avisei os demais plantonistas, contou o funcionário Antonio Carlos Natel.
A delegacia tem atualmente cerca de 52 presos. São seis cubículos, com capacidade total para 28 pessoas. Alguns dos presos já foram condenados e deveriam ter sido encaminhados para o sistema penitenciário.
Desde que foi reinaugurada, a delegacia já enfrentou cinco tentativas de fuga em oito meses. Ainda precisam ser feitos alguns reparos aqui. O teto do solário é muito fraco, destacou Santos. O forro do solário possui apenas barras de ferros entrelaçadas. Para alcançá-las, os detentos improvisaram uma escada feita de roupa e tecidos. (Colaborou Luciana Pombo)
