O relógio marcava 15h57 quando o engenheiro responsável pelos trabalhos autorizou o acionamento dos explosivos. Três minutos depois, o estrondo ecoou, a terra tremeu levemente e uma grande “cortina” de poeira se levantou. A detonação de uma rocha para a continuidade das obras do trecho três do Arco Leste chamou a atenção foi uma verdadeira atração para os moradores do entorno da estrada do Limoeiro, nesta quinta-feira (24), na zona leste de Londrina.

A rocha tinha cerca de 100 metros de extensão e, segundo a secretaria municipal de Obras e Pavimentação, precisava ser detonada para a implantação da rede de galerias pluviais. Pessoas que vivem num raio de 500 metros do ponto onde aconteceu a explosão precisaram deixar os imóveis e aguardar numa área definida como segura pela Defesa Civil. O trânsito foi interrompido e até os pousos e decolagens do aeroporto Governador José Richa foram suspensos.

“A operação deu tudo certo. Foi muito bem planejada. A empresa que está executando a obra tem grande experiência e já fez este tipo de trabalho em outras edificações. Foi tranquilo”, definiu o responsável pela pasta, João Verçosa. A empresa que venceu a licitação para as intervenções do trecho três é de Santa Catarina e contratou uma empreiteira especializada, de Curitiba, para a detonação.

Entre as pessoas que acompanharam o serviço, muitas vieram de outros bairros para ver como seria. Foi o caso do caminhoneiro aposentado Genildo José Francisco. Morador das proximidades da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), disse teve conhecimento da medida pelos meios de comunicação. “Achei que iria ser mais alta a explosão”, confessou.

ATENÇÃO

O casal Roberto e Leni Garcia estava pedalando pela estrada do Limoeiro quando ficou sabendo que o lugar iria ser isolado. “Na hora que entramos na estrada avisaram o que teria e pediram para virmos rápido para o outro lado”, relataram. Os dois acabaram assistindo a detonação. “Quando terminarem toda a obra será bom por causa do acesso. Ficará facilitado”, opinaram.

Moradores do condomínio Santos Dumont, no Ernani Moura Lima, foram para as sacadas observar. Os prédios estavam no limite da área classificada como sem risco. Não faltaram celulares para fotografar e filmar. Depois do barulho houve até comemoração. Foram utilizados 1.200 quilos de explosivos.

Vivendo na zona leste há 30 anos, o eletricista aposentado José Tadeu Mafra não registrou pelo aparelho telefônico, no entanto, afirmou estar empolgado com as melhorias para o lugar. “É uma obra que precisava ser feita. Vai ajudar muito quem mora aqui ou precisa vir para cá”, valorizou.

INTERLIGAÇÃO

O trecho três do Arco Leste vai interligar a avenida José Ventura Pinto com a Robert Koch e compreende pavimentação e criação de redes de galerias pluviais. O custo é de R$ 10,5 milhões, sendo o mais caro entre os cinco lotes do projeto. “O Arco Leste vai ligar a PR-445 à BR-369 por outro caminho que não seja a avenida Dez de Dezembro”, apontou João Verçosa.

O prazo contratual para finalização é janeiro do ano que vem, entretanto, a expectativa do município é entregar até dezembro. “Estamos com duas frentes de trabalho: na construção de uma rotatória na avenida Robert Koch e nas galerias na estrada, que dependiam da detonação para seguir. A parte mais díficil é da rede de galerias e isso está adiantado”, elencou.

TRECHO UM

Já o trecho um do Arco Leste, que é o último, vai dos fundos da UTFPR até a marginal da BR-369. Um viaduto está sendo levantado para transpor a linha férrea. Além disso, ruas estão sendo executadas para chegar até o ponto onde já existe asfaltamento. “Tudo isso vai valorizar os locais, com a possibilidade de surgir novos loteamentos e promove a expansão da área urbana da cidade”, projetou o secretário de Obras e Pavimentação.

Assista ao momento da explosão:

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Detonação de rochas para continuação das obras do trecho 3 do Arco Leste é iniciada⠀ .⠀ .⠀ .⠀ A detonação de rochas para continuação das obras do trecho três do Arco Leste já movimenta a localidade. Diversas vias no final das avenidas Robert Koch e Salgado Filho foram interditadas e moradores tiveram que deixar as residências. ⠀ .⠀ Foram utilizados 1.200 quilos de explosivos. Um raio de 500 metros foi definido como área de risco. Um carro de som passou avisando a necessidade das pessoas ficarem em um ponto definido pela prefeitura como seguro. ⠀ ⠀ Leia mais na matéria de @pedroomarconi nos nossos stories.

Uma publicação compartilhada por Folha de Londrina (@folhadelondrina) em 24 de Set, 2020 às 12:48 PDT

Atualizada às 18h07