ONGs de Cascavel (Oeste) que resgatam os animais e têm contato direto com novos tutores receberam recentemente 100 casinhas para abrigar cães resgatados que estavam em situação de rua. A iniciativa é da PPPR (Polícia Penal do Paraná) em parceria com o Comam (Conselho Municipal do Meio Ambiente) e a indústria Tuicial, que doou os paletes.

A doação é parte do Projeto Pipoca, que foi elaborado por policiais penais voluntários, integrantes da ONG Latidos do Bem e médicos veterinários do Setor de Bem-Estar Animal da prefeitura. Ele foi batizado de Pipoca em homenagem a uma cachorrinha em situação de rua que vivia em uma unidade de Cascavel. O projeto possui duas vertentes: produção de casinhas com paletes e de camas, roupas e outros itens, por meio do Setor de Costura.

O projeto teve início em 2020 e desde então passou a funcionar com a doação de materiais por voluntários das ONGs. Em 2023, o Comam destinou mais de R$ 40 mil em materiais para a construção de 900 casinhas. Ao mesmo tempo em que possibilita um espaço digno para os animais, ele fomenta a ressocialização com canteiros de trabalho dentro da unidade penal.

“O que estamos fazendo é apenas um projeto embrionário e que, sem dúvidas, deve seguir como política pública”, destacou o diretor da Regional Administrativa de Cascavel da PPPR, Thiago Correia.

Imagem ilustrativa da imagem Detentos de Cascavel confeccionam casinhas para cães resgatados das ruas
| Foto: PPPR-AEN

A presidente da ONG Latidos do Bem, Luciana Braga, agradeceu a todos os envolvidos, especialmente aos presos que se dedicam ao projeto. “Nós conseguimos abrigar inúmeros animais através deste trabalho, conseguimos trazer alegria aos tutores que não têm condições de comprar uma casinha. Também é um trabalho de ressocialização, uma nova oportunidade de conhecimento aos apenados”, afirmou.

Voluntária da ONG Ampare Cascavel, Aline Sartori explica que o projeto possibilita um trabalho social de conscientização e incentivo para ajudar animais em situação de rua, principalmente para protetoras voluntárias, que muitas vezes usam do próprio recurso para investir nos resgates. “Contarmos com o apoio de pessoas que sabem dar o melhor destino a animais abandonados e que precisam de casas e sempre que damos uma casa ajudamos a divulgar este projeto realizado em conjunto com a Polícia Penal”, disse.

(Com informações da Agência Estadual de Notícias)