Em outubro de 1937, a família Pelisson, de origem italiana, chegava ao Norte do Paraná para se instalar em propriedades rurais da cidade de Ibiporã, na Região Metropolitana de Londrina. Passados 85 anos, a memória dos imigrantes Francesco Pelisson e Carla Cogo, que vieram para o Brasil em 1890, se mantém viva através de seus descendentes, mas também na história do município.

A família foi uma das primeiras a se instalar em Ibiporã, participando do desenvolvimento da cidade. Neste sábado (22), familiares se reuniram para em uma celebração religiosa na Paróquia Nossa Senhora da Paz seguida de um almoço festivo. O evento acontece a cada cinco anos e chega à sexta edição com a participação de 500 pessoas.

Imagem ilustrativa da imagem Descendentes de italianos comemoram 85 anos de imigração no Norte do PR
| Foto: Divulgação/Familia Pelisson

Neste ano, a família comemora os 132 anos de imigração no Brasil e de 85 anos no Paraná. Dados históricos apontam que a imigração italiana no Paraná passa a ser mais expressiva a partir de 1875, quando essa população começa a vir em massa para o Estado em busca de melhores condições de vida e encantados pela chance de produzir em terras tão férteis.

Atualmente mais de 1.250 pessoas carregam o sobrenome Pelisson no Norte do Estado. “É sempre um momento de alegria, de recordações e de união”, comenta Maria Aparecida Pelinssel Pinatti, bisneta dos imigrantes. O casal teve 13 filhos e , com o tempo, as famílias foram se instalando em cidades como Londrina, Cianorte e Umuarama.

O casal Dulcelene e Valdir Almeida mora em Maringá (Noroeste) e veio para o encontro na companhia de outros 11 familiares. “O maior significado deste dia é honrar os antepassados. Graças a eles estamos onde estamos. Deles, surgiram engenheiros, médicos, advogados, militantes políticos, entre tantos outros”, comenta Valdir.

A bisneta de Francesco e Carla, dona Edne Maria Pelisson, nasceu em Ibiporã e lembra da bisavó sentada em um poltrona, com lenço na cabeça e meia grossa nos pés. “Sempre é sofrido para uma família deixar a terra natal à procura de trabalho em outro país. Para eles não foi diferente, mas é uma história muito bonita. Eles ajudaram a construir essa cidade e para mim é uma benção estar aqui hoje. Imagino que onde quer que eles estejam, com certeza estão felizes em ver todos reunidos”, diz.

A cada encontro da família há a participação de novos membros da família, chegando à 5ª geração dos Pelisson. Porém, a família ainda busca contato com duas famílias, que não foram localizadas até hoje. São os descendentes de Antônia Pelisson, nascida em Sales Oliveira, no interior de São Paulo, e do casal Serafim Alves e Julia Pelisson Alves, já falecidos. Eles viviam em Umuarama.

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