A engenheira agrônoma, Gisele Braile Turquino, denunciou ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), em Curitiba, a aplicação indevida do agrotóxico 2,4 D em lavouras na região Norte do Estado. Segundo ela, 200 mil pés de café foram danificados somente em uma fazenda, no muinicípio de Bela Vista do Paraíso. O presidente do Crea, Luiz Antonio Rossafa, disse ontem que o Conselho está investigando a denúncia. Proprietária de uma fazenda afetada, Gisele Turquino afirma que os agricultores não tomaram precauções necessárias ao pulverizar o produto, causando estragos irreversíveis em grande escala.
Luiz Rossafa explicou que o 2,4 D é um produto químico controlado por lei e usado no combate a ervas-daninhas. ‘‘Não é considerado muito tóxico e sua aplicação é tecnicamente complicada’’, afirmou. Segundo ele o produto foi receitado a Geraldo Antonio Alvin Pires (arrendatário da Fazenda Santa Maria) pelo engenheiro agrônomo Lineu Nurembergue Moreira. O Crea vai analisar se o egenheiro também deveria dar assistência técnica para o agricultor. ‘‘Queremos preservar o bom exercício da engenhari’’, disse Rossafa.
A engenheira Gisele Turquino lembra que a aplicação do agrotóxico deve ser acompanhada por um responsável técnico.