Demolição do Motel Tijolinho pode levar até 30 dias
A parte interna do imóvel começou a ser derrubada nesta segunda-feira (20). Projeto para o local ainda não está definido
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
A parte interna do imóvel começou a ser derrubada nesta segunda-feira (20). Projeto para o local ainda não está definido
Douglas Kuspiosz - Reportagem Local

Cerca de dez dias após a autorização da Secretaria Municipal de Obras para demolição, o Motel Tijolinho, um dos principais mocós da área central de Londrina, começou a ser colocado abaixo nesta segunda-feira (20). O local foi alvo de operações da PM (Polícia Militar) e da GM (Guarda Municipal) nas últimas semanas, devido à presença frequente de usuários de drogas.
A FOLHA entrou no mocó e acompanhou o início da demolição na tarde desta segunda. Além do mau cheiro, chama atenção a quantidade de sujeira e de entulho no local.
A previsão é que o processo leve de 15 a 30 dias, conforme apurou a reportagem. Inicialmente, será derrubada a parte interna do imóvel e, depois, utilizado maquinário pesado para finalizar o trabalho. É uma forma de evitar que prédios vizinhos sejam afetados.
A vizinhança, inclusive, vê com bons olhos o fim do mocó, que aumentou a insegurança do entorno nos últimos anos, com muitas pessoas em situação de rua e usuários de drogas buscando abrigo no prédio.

O proprietário, que prefere não se identificar, diz que ainda está estudando possíveis projetos para o terreno, que tem localização privilegiada, entre a rua Ouro Preto e a avenida Leste-Oeste.
Na manhã desta segunda, foi feita uma vistoria no imóvel pela PM e GM, que garantiam a segurança dos trabalhadores da empresa responsável pela demolição. Uma equipe do Consultório na Rua, da Secretaria Municipal de Saúde, também passou pelo local para verificar se alguma pessoa precisava de atendimento especializado. Não há informações sobre o número de atendimentos.
AUTORIZAÇÃO
A autorização da Prefeitura de Londrina para colocar abaixo o mocó saiu no dia 9 de janeiro e foi anunciada pelo prefeito Tiago Amaral (PSD) em suas redes sociais. O processo de liberação de alvará ficou emperrado nos últimos meses da gestão Marcelo Belinati (PP), que alegava estar aguardando a entrega da certidão de baixa das dívidas para liberar a demolição. O proprietário, por outro lado, falava em interpretação “errônea” e “má vontade” do poder público. O Motel Tijolinho foi adquirido em um leilão há cerca de dois anos.

“Isso estava na prefeitura há algum tempo e pedimos uma força-tarefa para resolver esse emblemático ponto de drogas, que infelizmente era local de cometimento de crimes, perturbação da ordem, mas isso é coisa do passado”, disse o prefeito à época.

