Delegado ainda
duvida da versão
de crime político
O delegado Fauze Salmen, da Delegacia de Homicídios, pretende ouvir ainda esta semana o mecânico Edson Faria, que está preso no Centro de Orientação e Triagem (COT) do Prisão Provisória de Curitiba, no bairro Ahú. ‘‘Quem sabe ele resolva nos contar a verdade e entregue quem foi seu parceiro’’, declarou ele. Apesar dos pais afirmarem que a versão de crime político, divulgada pela imprensa, é a verdadeira, Salmen duvida. Para ele, Faria foi influenciado a inventar a versão.
Salmen acredita que o mandante do crime tenha sido mesmo o vigia Antônio Martins Vidal, de 47 anos, conhecido como ‘‘Tico’’. ‘‘Ele é o contratante e co-autor no latrocínio’’, declarou ele. O crime de latrocínio prevê pena de 20 a 30 anos de prisão. Já a lesão corporal seguida de morte (versão apresentada pelo assassino) entre 4 e 12 anos de detenção.
As degravações das fitas serão encaminhadas para o Ministério Público (para a continuidade das investigações sobre o caso), Ordem dos Advogados do Brasil (para abertura de processo disciplinar contra o advogado) e para o Conselho da Polícia Civil (para um futuro processo administrativo contra o policial). ‘‘O advogado e o policial tentaram, em última análise, colocar obstáculos nos trabalhos investigativos’’, analisou.