A sede do Patronato Penitenciário de Londrina está com sérios problemas de estrutura. A edificação de madeira, localizada na Rua Rio de Janeiro (Área Central) e construída há mais de 50 anos, está infestada por cupins, com o teto cheio de goteiras e com falhas na fiação elétrica. Na parte externa, os beirais estão caindo devido aos insetos e à umidade.
A casa é sede do Patronato desde 2002 e pertence à prefeitura, que cedeu o espaço através de comodato. ''Por causa das goteiras, já perdemos central telefônica e dois computadores. No final da tarde, colocamos lonas sobre os equipamentos para que eles não sejam danificados em caso de chuva durante a noite'', explica Tadeu José Migoto, diretor do Patronato. Ele ressalta que os riscos de incêndio são grandes.
O Patronato oferece atendimento psicossocial e jurídico para apenados em livramento condicional ou que receberam penas alternativas. A necessidade de melhoria da sede vem de anos: a direção do órgão requisitou que o Departamento Estadual de Construção, Obras e Manutenção (Decom) realizasse uma vistoria na casa de madeira, para uma possível reforma. A conclusão foi de que não há condições técnicas de mexer na edificação.
Por isso, o Estado requisitou à Prefeitura um novo imóvel. No final de junho do ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou a doação de um terreno de 540 metros quadrados na Vila Recreio (Área Central). ''Enviamos ao Departamento Penitenciário (Depen) um memorial descritivo do que seria necessário para a nova sede. Nossa intenção é que seja construído um prédio de dois andares, no qual seja possível oferecer cursos profissionalizantes e aulas de trabalhos manuais aos atendidos'', conta Migoto.
O Patronato atende atualmente cerca de 800 apenados da região de Londrina. O diretor do Depen, coronel Justino Sampaio Filho, afirma que não há previsão de início da construção da nova sede. ''Ela está no nosso cronograma para 2005 e 2006, mas depende de disponibilidade orçamentária. Antes, serão realizadas outras obras, como o Centro de Detenção e Ressocialização de Londrina'', alega o diretor.