Uma entidade assistencial que atua há quatro décadas e Londrina foi alvo de criminosos e teria perdido quase R$ 75 mil em um golpe neste mês de dezembro. A ocorrência foi registrada na Polícia Civil e a Prefeitura de Londrina, com a qual a entidade mantém três convênios, foi comunicada por meio de ofício.

Imagem ilustrativa da imagem Criminosos aplicam golpe em entidade assistencial de Londrina
| Foto: iStock

Segundo ofício encaminhado pela diretoria da Casa do Bom Samaritano à prefeitura, uma pessoa com voz feminina ligou no último dia 7 se apresentando como funcionária do suporte técnico da Caixa Econômica Federal. Durante a ligação, ela relatou que o órgão filantrópico precisava atualizar o aplicativo do banco.

O curioso é que, antes desse contato, o instituto já enfrentava picos de instabilidade no mesmo aplicativo. A pessoa suspeita disse que seria necessário a atualização da ferramenta para resolver o problema. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, que a FOLHA teve acesso, o criminoso ficou por duas horas ao telefone indicando como atualizar as senhas de acesso.

No dia seguinte, representantes da entidade acessaram as contas para verificar movimentações financeiras, algo corriqueiro na rotina da instituição. Foi quando veio a surpresa. A entidade constatou a fraude e transferências realizadas até mesmo por PIX para endereços desconhecidos. Em uma das transações, foi encaminhado via PIX cerca de R$ 49 mil da conta corrente vinculada a um dos convênios com o poder público. As informações constam no BO da polícia.

O presidente da instituição, Imerio Francisco Weber, descreveu no BO que "as operações não foram feitas em nossos computadores". Ele fez a queixa na Delegacia de Estelionatos. Procurado pela reportagem, ele não quis dar entrevista, mas confirmou que os recursos levados pelos criminosos são públicos. O abrigo funciona na Vila Marizia com 76 leitos, sendo 50 para acolhimento de homens entre 18 e 60 anos e 24 para idosos e mulheres acima de 60 anos.

Os acolhidos vivem em situação de rua e recebem refeições diárias, como café da manhã, lanche, almoço, café da tarde e jantar. A unidade conta com 41 funcionários. Além disso, a entidade cuida de duas creches.

Em resposta ao ofício encaminhado, a Controladoria-Geral do Município informou "que a entidade deve buscar meios jurídicos para se ressarcir do prejuízo causado pelo desvio junto à instituição bancária". Se a tentativa não der certo, a pasta explicou que "não há possibilidade do Município arcar, devendo os valores que foram efetivamente recebidos e que estavam sob sua guarda e responsabilidade serem restituídos".

A FOLHA não conseguiu contato com a Polícia Civil para saber o andamento das investigações.

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