A Polícia Científica divulgou nesta quarta-feira (25) o resultado das análises sobre o local do acidente que tirou a vida de quatro crianças, na PR-538, no distrito de São Luiz, na zona rural de Londrina, em 14 de setembro. De acordo com a Criminalística, que fez a perícia no dia posterior à tragédia e no mesmo horário do acidente, o sol atrapalhou a visão do motorista da Kombi, corroborando a versão apresentada pelo idoso de 73 anos em depoimento à Polícia Civil.

“Efetivamente conseguimos constatar que o sol, no momento do acidente, interferiu no campo de visualização. Tanto é que no nosso entendimento ele (motorista) sequer viu as crianças e a curva, não houve acionamento dos freios. Fotografamos no dia seguinte e a pessoa não enxerga nada na frente dela, não vê a curva e nem obstáculos à sua frente”, informou Luciano Bucharles, chefe da Criminalística em Londrina.

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A velocidade não foi determinada. “A velocidade máxima permitida no trecho é de 40 km/h, que é normal em rodovias que passam por áreas urbanas, mas por falta de parâmetros não conseguimos fazer os cálculos da velocidade mínima. Nem sempre em locais de acidente conseguimos obter parâmetros. Não é exclusividade nossa, acontece no mundo inteiro”, ponderou.

A perícia também não conseguiu indicar o local exato onde estavam as crianças, no entanto, confirmou que caminhavam à margem da rodovia. “A Kombi foi examinada duas vezes, freio e direção testados e estavam funcionando”, afirmou.

Morreram no acidente as irmãs Kemilly e Kelli Silva, de 11 e 6 anos, respectivamente, e os gêmeos Adrian e Vinicius, de sete anos. Eles voltavam da escola quando foram atingidos pelo veículo no final da tarde O motorista chegou a ser preso no dia do acidente, mas conseguiu a liberdade após a audiência de custódia.

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