A partir do ano letivo de 2022, crianças matriculadas no P4 e P5 da rede municipal de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) irão estudar meio período ao invés de o dia todo, como funciona atualmente. A secretaria de Educação explicou que essa mudança é resultado de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o MP-PR (Ministério Público do Paraná) em 2014.

Imagem ilustrativa da imagem Crianças de 4 e 5 anos terão ensino parcial em Cambé

Na época, o Ministério Público cobrou o município pela demanda reprimida de crianças à espera de vagas em CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil). São cerca de 1.200 meninos e meninas de quatro e cinco anos que vão estudar neste novo formato no ano que vem. “Medidas estavam sendo tomadas no sentido de avisar e dar ciência aos pais de que isso iria acontecer. Há dois anos, por exemplo, os pais assinaram um termo de ciência sobre isso”, ressaltou Estela Camata, secretária municipal de Educação.

Para as crianças de zero a três anos o ensino segue no período integral, totalizando aproximadamente 2.300 alunos. “No infantil quatro e cinco é obrigatório, por lei, a universalização do ensino. Ou seja, todas as crianças de quatro e cinco anos devem estar matriculadas e sendo atendidas na rede. Isso já acontece no município desde 2016.”

Quando o TAC foi estabelecido, foi alinhado que as medidas seriam adotadas em etapas, resultando nos últimos anos na construção de nove creches e na ampliação de outras unidades, atendendo a demanda reprimida. “Temos uma demanda hoje de cerca de 1.200 crianças de zero a três anos fora da rede. Com a parcialização vamos conseguir inserir aproximadamente mil crianças, ficando uma demanda baixa”, projetou.

NOVA CRECHE

As 200 crianças até três anos que vão continuar fora dos centros de educação infantil deverão ser contempladas ao longo do ano que vem com vagas que deverão ser abertas com a edificação de um novo prédio, no jardim Ana Rosa, e o aumento de salas de aula. Este novo CMEI já teve o projeto arquitetônico confeccionando e está na fase dos complementares. A expectativa é que a licitação seja lançada no início do próximo ano. A prefeitura está buscando verba para o custeio ao mesmo tempo que está prevendo o recurso no orçamento municipal.

“(Essas mudanças) farão com que mais crianças estejam inseridas na rede. Quanto mais cedo são inseridas no processo de aprendizagem, mais se desenvolvem e de forma mais rápida. Isso vai se reverter quando chegarem no P4, P5 e até fundamental”, defendeu Estela Camata, que ainda destacou que com a parcialização das turmas de quatro e cinco anos o Termo de Ajustamento de Conduta estará praticamente atendido por completo.

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