O modelo segue padrão do governo e a construção tem 890 metros quadrados
O modelo segue padrão do governo e a construção tem 890 metros quadrados | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

A Prefeitura de Londrina entregou oficialmente, na terça-feira (9), o CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) Simeire Rozimar de Camargo e Barbosa, no jardim Tarumã, próximo ao HU (Hospital Universitário), na zona leste. A unidade será administrada pela Aceb (Associação Cristã Evangelizadora Beneficente), instituição conveniada pelo município e que receberá R$ 40 mil mensais de repasse.

O prédio tem capacidade para atender 90 crianças de 0 a 3 anos, porém, atualmente conta com 60 meninos e meninas matriculadas. O centro começou a funcionar em fevereiro, com ensino integral, entretanto, acabou fechado para aulas presenciais por causa da pandemia do coronavírus. O prédio custou R$ 2 milhões, com R$ 900 mil de contrapartida do poder público local e o restante verba do Governo Federal.

O modelo segue padrão do governo e a construção tem 890 metros quadrados, com seis salas de aula e multiuso para jogos, fraldário, lactário, refeitório, cozinha, lavanderia, banheiros adaptados, secretaria, além de estacionamento para os trabalhadores. O terreno tem quase sete mil metros quadrados. “A maioria das crianças estava fora da rede educacional. O pátio tem pias da altura dos alunos, para que eles tenham autonomia no lavar as mãos”, destacou Maria Tereza Paschoal de Moraes, secretária municipal de Educação.

A instituição que vai coordenar o CMEI já faz a gestão de outra creche, no jardim São Jorge. De acordo com o diretor da nova unidade da zona leste, a estrutura vai suprir uma carência antiga da localidade. “São pessoas que não conseguiam vaga mais próxima, que seria no centro. É uma região que pedia este seguimento, de educação infantil”, apontou Orlando Emilio de Freitas.

Foram contratados 16 profissionais e seis voluntários se dispuseram a colaborar. “Recebemos o dinheiro da prefeitura, mas tem a contrapartida da associação com recursos próprios, projetos e eventos, que complementam as despesas”, relatou. Com os alunos em casa, a equipe da organização colocou foto dos pequenos nas salas em que estudam e na entrada a identificação dos professores.

Com as aulas presenciais suspensas, crianças foram lembradas na inauguração com fotos
Com as aulas presenciais suspensas, crianças foram lembradas na inauguração com fotos | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

OUTROS CENTROS

O centro educacional Simeire Rozimar de Camargo e Barbosa – que homenageia uma professora londrinense – faz parte de um plano que contempla outros seis prédios, sendo que cinco deles foram construídos e começaram a funcionar este ano. As creches ficam, além do Tarumã, em Lerroville (zona sul), Santa Cruz (norte), Beleville (norte) e José Bastos (sul).

Um sexto CMEI deveria ter sido inaugurado em 2020, no jardim Santa Clara, entretanto, o projeto atrasou com problemas na área escolhida. “Estamos tentando, junto ao governo federal, manter a verba para a troca de terreno”, explicou a secretária de Educação.

DEMANDA

Londrina tem uma grande demanda por vagas em creches, o que não é obrigatório no Brasil, uma vez que a faixa etária em que a matrícula numa unidade de ensino é obrigatória vai dos 4 aos 17 anos. Até o final do ano passado, a Central de Vagas tinha uma fila de cerca de 700 famílias. Moraes disse que as inaugurações recentes são para suprir a procura. “Em Londrina nascem 400 bebês por ano pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Se tivermos que atender metade, é praticamente uma creche nova *(por ano)”, ponderou.

O prefeito Marcelo Belinati disse que a prefeitura deverá anunciar, nas próximas semanas, a construção de mais duas creches. “Lançaremos a construção da creche no jardim Nova Esperança, ao lado do conjunto União da Vitória, na zona sul, e perto da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)”, projetou. “Reorganizamos o sistema, contratamos mais de mil professores e foram construídas creches para minimizar o problema na cidade.”