Instalados há mais de dois meses em oito pontos da cidade pela CTD (Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento) – que é uma empresa do município -, os totens de segurança ainda não estão funcionando. A secretaria municipal de Defesa Social, que será a responsável por administrar os equipamentos, aguarda a formalização do contrato com a companhia, que está tramitando na administração municipal desde maio.

“Quando fizemos a prova de conceito das praças chegamos à conclusão de que poderíamos propor para a administração a aquisição de alguns equipamentos. Oito locais foram elencados prioritariamente. O processo está sendo concluído na prefeitura. Se não tiver um contrato, o equipamento não vai ser ligado. Os totens oficialmente não estão funcionando porque a Defesa Social não recebeu oficialmente”, destacou o secretário de Defesa Social, Pedro Ramos.

Segundo a secretaria municipal de Gestão Pública, o contrato deve ser oficializado nesta semana, permitindo a ativação dos totens junto à GM (Guarda Municipal) ao longo do último trimestre deste ano. “A CTD foi instalando os totens por responsabilidade dela, para testes, mas o município vai pagar apenas a partir da assinatura do contrato. Semana passada o processo voltou aprovado da Procuradoria Geral”, comentou Fábio Cavazotti, responsável pela pasta.

Os aparelhos terão custo total de R$ 135 mil por mês e foram instalados na Praça Dom Pedro I, complexo esportivo do conjunto Maria Cecília, espaço CEU da zona oeste, Anfiteatro do Zerão, Praça da Bandeira, Bosque, praça Acquaville (zona leste) e rotatória no final da avenida Maringá. “Precisa mesmo de uma segurança reforçada aqui, porque durante a noite e aos fins de semana muitas pessoas aproveitam o estado que está o Zerão para usar drogas ou tentar a prática de outros crimes”, relatou uma moradora da região do anfiteatro, que preferiu não ser identificada.

TECNOLOGIA

Os totens são equipados com câmeras de vídeo com cobertura de 360º simultâneas, módulo de gravação de vídeo, áudio e dados, sistema de alto-falante, alerta com luzes coloridas, sirene e sensor de temperatura, além de um botão de acionamento de emergência da GM.

“A necessidade de contratação do equipamento tem como principal função inibir o crime nos locais onde estiver presente. Seu porte, design e composição combinam elementos de impacto visual e auditivo, fazendo com que a presença no ambiente externo ou interno seja percebida a distância. Este equipamento representa uma inovação ao se comunicar com uma central de monitoramento”, ressalta a justificativa usada no termo de referência para contratar o serviço.

Em agosto do ano passado, a praça Dom Pedro I, na avenida Tiradentes, recebeu o primeiro totem, que foi testado por aproximadamente cinco meses, com resultados considerados satisfatórios por moradores, comerciantes e pelo próprio município. Atualmente, o aparelho está desativado.

ESCOLA

Um totem de segurança foi colocado em frente à escola municipal Melvin Jones, no jardim Hedy, na zona oeste. O equipamento, também desenvolvido pela Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento a partir da demanda apresentada pela secretaria de Defesa Social, será experimentado inicialmente por um mês, sem custos. O vínculo para a “prova de conceito” foi formalizado na última sexta-feira (22).

Unidade foi escolhida pelo histórico de ocorrências e por ter uma praça no mesmo terreno
Unidade foi escolhida pelo histórico de ocorrências e por ter uma praça no mesmo terreno | Foto: Pedro Marconi

“Este equipamento é um pouco diferente da Praça Dom Pedro I. Ele permite a conexão de câmeras da escola no próprio equipamento e isso otimiza a chegada da informação. A imagem é tempo real e tem uma ‘cerca virtual’, em que a câmera vai apontar se alguém passar por algum lugar, podendo provocar um ruído e chamar a atenção do nosso agente que está na central de monitoramento. O totem vai poder divulgar mensagens gravadas”, explicou Pedro Ramos.

A unidade foi escolhida pelo histórico de ocorrências, por ter uma praça no mesmo terreno e pela quadra de esportes ser separada do prédio. Há pouco mais de semana aconteceu um arrombamento na escola, com o totem já colocado, entretanto, não estava funcionando. “Para os moradores é bom ter algo a mais para ajudar na segurança e evitar que entrem na escola, que é importante para o bairro”, avaliou o pedreiro aposentado Antônio Claret.

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