A construtora responsável pela revitalização do Bosque Municipal Marechal Cândido Rondon afirmou que vai cumprir o prazo dado no aditivo que está vigente e entregará a obra para a Prefeitura de Londrina até domingo (5), quando vence a última prorrogação autorizada pelo município. A reforma teve início em fevereiro deste ano, com previsão de finalização em julho.

Na terça-feira, trabalhadores se concentravam no acabamento de alguns mobiliários
Na terça-feira, trabalhadores se concentravam no acabamento de alguns mobiliários | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

No entanto, nos últimos meses foram avalizadas pelo poder público cinco prorrogações. Na semana passada, a secretaria municipal de Obras e Pavimentação sinalizou positivamente para um sexto pedido de prazo da empreiteira, de mais um mês, postergando o contrato até seis de janeiro de 2022.

O documento agora será encaminhado à secretaria municipal de Gestão Pública, que vai avaliar se as alegações preenchem os requisitos para conceder o aditivo. A pasta ainda adiantou que "o município ficará atento após a entrega para condução de processo de apuração de responsabilidade e aplicação de penalidade, se for o caso."

De acordo o secretário de Obras, João Verçosa, esse tipo de solicitação é padrão e não significa que a revitalização vai durar até o ano que vem. “Muitas vezes é feita a solicitação porque o prazo contratual está vencendo e precisamos ter o contrato válido para a empresa executar os serviços. É uma medida para evitar um impasse e se existe alguma culpabilidade (pelos atrasos) por parte da empresa, isso não exime a administração de cobrar”, ressaltou.

A San Pio Construtora, que tem sede em Pedrinhas Paulista (SP), afirmou que o pedido do novo aditivo é apenas contratual e reforçou que a entrega será nos próximos dias. A empreiteira ponderou que o prazo só não será efetivado caso aconteça alguma intercorrência, como um grande volume de chuva.

Nas últimas fiscalizações de representantes da prefeitura, foram cobradas correções no bosque. Na esquina da rua Piauí com avenida Rio de Janeiro, por exemplo, operários tiveram que refazer os concretos das entradas e saídas da faixa elevada que estavam esfarelando. “Tem serviço a ser feito. Não adianta forçar a barra nesse sentido. Demos um voto de confiança para que a empresa faça e está na fase final, corrigindo serviços que não ficaram a contento. Ela recebeu notificação, principalmente em relação aos pisos, que a fiscalização detectou problemas”, elencou Verçosa.

ACABAMENTO

Nesta terça-feira (30), trabalhadores se concentravam no acabamento de alguns mobiliários e na quadra de esportes. As intervenções estão custando cerca de R$ 2,8 milhões, em recursos próprios do município. “É uma obra muito importante e que precisava ter sido feita há muitos anos. O bosque é o coração de Londrina, local de passagem e também de lazer, mas que tinha perdido sua essência pelos problemas de estrutura e segurança”, opinou o engenheiro aposentado Juliano Duarte.

A preocupação de algumas pessoas é como ficará o lugar após a reinauguração oficial, que deverá ser agendada pela prefeitura. “Agora vão ter que dar um jeito na questão da sujeira gerada pelas pombas, se não, reformaram à toa. Além disso, muitos usuários de drogas ainda rondam por aqui e tem morador de rua que quase todo dia lava a roupa na torneira que fica perto da quadra”, relatou a vendedora Lavinia Souza, que costuma usar o bosque para ir e voltar do trabalho.

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.