Cambé - O conserto das rachaduras provocadas por um rompimento na
tubulação de água da Sanepar na Rua Belo Horizonte, área central de Cambé,
completa 20 dias sem que nenhum reparo dos imóveis tenha sido realizado até
agora. A empresária Rose Milão, proprietária de um restaurante instalado em um
dos prédios danificados não esconde sua preocupação.
Rose relata que no dia nove de outubro os vizinhos escutaram dois barulhos
semelhantes ao de uma explosão e no dia seguinte começaram a surgir as
primeiras rachaduras. ''Eram rachaduras pequenas, mas elas aumentaram com as
as chuvas do último final de semana e isso tem afugentado a clientela'', reclama.
Funcionários da Sanepar estiveram no local e constataram que o problema foi
causado pela ruptura de uma tubulação de 50 milímetros que lançou água no solo
tornando-o instável e afetando o aterro realizado no local.
A proprietária do restaurante contabiliza uma queda de 40% no número de clientes.
''As pessoas comentam sobre as rachaduras a notícia se espalhou pela cidade
rapidamente'', diz. Segundo ela, até uma funcionária, aconselhada pelo marido que
é pedreiro, tem se recusado a trabalhar no local enquanto os reparos não forem
realizados.
Além da queda no faturamento, Rose reclama do descaso da Sanepar na solução
do problema. Entre os danos sofridos pelo imóvel, como as rachaduras na parede,
ela cita o afundamento da calçada e o desnível das portas do restaurante.
A assessoria de comunicação da Sanepar afirmou que não podia entrar no imóvel
para realizar o reparo, porque até segunda-feira o proprietário não havia solicitado o
serviço. A companhia participou de uma reunião com o proprietário do imóvel e ficou
acertado que a Sanepar realizaria primeiro as obras de recuperação da rua em
frente ao imóvel, para depois o dono realizar as reformas no prédio. Ainda segundo
a assessoria, a Sanepar irá ressarci-lo das despesas após apresentação das notas
fiscais.
Fernando Frigo, funcionário de uma loja de equipamentos de áudio e instrumentos
musicais, que fica anexa ao restaurante, afirma ter ficado mais tranquilo depois que
os funcionários da Sanepar estiveram no local e garantiram não haver riscos. O
rapaz revela ter ficado assustado no dia em que as rachaduras surgiram. Segundo
ele, os engenheiros da companhia garantiram que o imóvel não corre risco de
desabamento, por isso não vê problemas em ficar no local.
Já a proprietária do restaurante reclama de não ter recebido cópia do laudo técnico
feito pelos engenheiros no imóvel. ''Não recebi nenhum documento que me garanta
que se esse prédio cair amanhã eu não serei responsabilizada.''


Veja mais fotos dos estragos:

Comerciantes à espera de solução
Comerciantes à espera de solução Comerciantes à espera de solução Comerciantes à espera de solução Comerciantes à espera de solução Comerciantes à espera de solução