Comerciante é preso em Londrina suspeito de latrocínio de PM
Policial militar foi morto e teve um malote de dinheiro roubado em fevereiro na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Policial militar foi morto e teve um malote de dinheiro roubado em fevereiro na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo
Pedro Marconi

Um comerciante foi preso na manhã desta quinta-feira (12) no exato momento em que abria a loja que é proprietário em uma galeria na rua Benjamin Constant, no centro de Londrina. O empresário é suspeito de participar do latrocínio, que é o roubo seguido de morte, contra um policial militar aposentado na área central de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O mandado de detenção foi cumprido, inclusive, por policiais paulistas à paisana.
O crime foi registrado em fevereiro deste ano, sendo flagrado por câmeras de segurança. O PM, que tinha 63 anos, foi surpreendido por três criminosos após retirar um malote de dinheiro – cerca de R$ 23 mil – de recargas de cartões na empresa de transporte municipal do Consórcio Pró-Urbano. Houve uma intensa troca de tiros e, além do policial, o enteado dele também foi baleado, entretanto sobreviveu.
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O comerciante londrinense também teria se ferido, mas procurou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, a 470 quilômetros de distância. De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, o pai do suspeito mora em Barretos. “Ele levava uma vida normal aqui em Londrina. Os familiares demonstraram surpresa com os fatos. Nosso objetivo é entender o que aconteceu para trazer respostas. Estamos no começo de uma investigação complexa”, afirmou o delegado de Ribeirão Preto, Rodoldo Latif Sebba.
Com o apoio da PM (Polícia Militar) do 5º Batalhão foi cumprido um mandado de busca e apreensão no apartamento do empresário, no bairro Accquaville, na zona leste. Entre os materiais procurados estava a arma no policial morto, que foi levada no dia do latrocínio, porém, não foi localizada. Foram recolhidos para perícia celulares e aparelhos eletrônicos. Imóveis de familiares também foram vistoriados.
A investigação tem apontado para uma ação coordenada no início do ano. “No cenário (do crime) conseguimos identificar dois ladrões com vestimentas de funcionários públicos. Foi muito bem arquitetado. Temos elementos trazendo ele (o londrinense) para o cenário do crime. Tudo indica que ele participou. Foi uma intensa troca de tiros, todo mundo atirou em todo mundo”, destacou.
TRANSFERÊNCIA
O empresário deverá ser transferido para o estado de São Paulo. “Ele negou participação, mas acreditamos que aos poucos ele vai relatar”, observou o delegado. “A integração das forças de segurança de São Paulo e do Paraná foi importante para chegar onde chegamos e isso só tem a melhorar”, frisou.
O preso já tem passagens criminais. “Mataram um homem e esse suspeito prosseguia com tranquilidade em Londrina com atividades, a princípio, lícitas, mas ele estava sendo acompanhado”, observou o capitão Emerson Castro, porta voz do 5º Batalhão. “Temos informações que ele viaja sempre para cometer crimes patrimoniais”, observou o delegado.

