Operários do Consórcio empreiteiro Polo/Hejos iniciaram ontem as atividades para a construção do Centro de Detenção de Londrina, um mês após a assinatura da ordem de serviço que autorizava o começo das obras. O Centro vai custar R$ 11 milhões ao governo do Estado e terá capacidade de 950 vagas. A previsão do Departamento de Construção, Obras e Manutenção (Decon) da Secretaria Estadual de Obras é de entrega em 10 meses.
Segundo o engenheiro do Decon Valmir Matos, o consórcio vencedor da licitação, formado pela empreiteira paulistana Polo e pela construtora maringaense Hejos, teria passado o último mês trabalhando na elaboração de projetos complementares à execução. ''É um procedimento comum e legal. As participantes da licitação fazem as propostas somente com o projeto de execução concluído. O preço máximo é fixado com base em estimativas e as complementações, como estrutura, parte elétrica e hidráulica, são feitas depois'', completou.
Na avaliação do engenheiro, o formato atual da licitação não oferece riscos, já que, no caso de o custo final da obra ultrapassar o preço máximo fixado (R$ 11 milhões), a empreiteira deverá arcar com as despesas adicionais.
A informação foi confirmada pelo reponsável técnico da Hejos, Osmar Nogami. ''Se a planilha precisar ser alterada, nós é que somos responsáveis pelo custo'', afirmou.
Segundo Matos, as atividades serão supervisionadas pelo engenheiro contratado Ruy Lima e devem ser entregues no início do próximo ano.
As obras começaram com a limpeza do terreno de 15 mil metros quadrados, localizado em frente à Penitenciária Estadual de Londrina (Pel) e doado pela prefeitura ao Estado. Pela manhã, dois tratores retiravam a grama do local.
Matos também não acredita que grandes atrasos possam comprometer o cronograma de atividades. ''Claro que uma obra com prazo de 300 dias está sujeita a intempéries. Mas a avaliação é positiva: entregamos em janeiro do ano que vem'', garantiu.
Com capacidade para até 950 presos, o Centro de Detenção é visto pela secretaria estadual de Segurança como a alternativa mais viável à superlotação enfrentada pelos distritos policiais (DPs) de Londrina. Hoje, os DPs abrigam cerca de 400 presos, quantidade mais de três vezes superior à capacidade das carceragens.