A secretaria municipal de Saúde de Londrina começou nesta segunda-feira (8) a coleta de dados para 1º LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) de 2024. Os trabalhos seguem até sábado (13).

Aproximadamente 200 agentes de endemias trabalham na coleta de dados e, ao todo, serão 9.800 imóveis vistoriados, em todas as regiões da cidade, exceto nas áreas rurais. Entre os locais visitados estão residências, estabelecimentos comerciais e terrenos baldios. Nas vistorias, os agentes procuram por locais onde há água parada e também por focos do mosquito, realizando a coleta de amostras de larvas encontradas.

Os agentes comunitários de endemias realizam as visitas das 7h30 às 18h30, de segunda a sexta-feira, e no sábado os trabalhos se encerrarão às 13h30.

Os materiais recolhidos são encaminhados para análise laboratorial, e, posteriormente, a Coordenação de Controle de Endemias da secretaria de Saúde analisará os dados obtidos. Em data a ser definida, a Saúde apresentará os resultados do levantamento para a comunidade.

Segundo o coordenador de Endemias da pasta, Nino Ribas, os resultados podem ajudar o poder público a organizar políticas de combate ao mosquito. “Em 2023, tivemos um ano com muitos casos notificados e confirmados de dengue, o que reforça a importância de uma atenção maior para 2024. O LIRAa possibilitará direcionar as atividades para os bairros que irão apresentar o maior índice de infestação vetorial, e também mostrar os criadouros predominantes existentes do Aedes aegypti”, detalhou.

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EPIDEMIA EM 2023

Em 2023, Londrina passou por uma epidemia de dengue, chegando à marca de 64.377 notificações. Destes, 43.809 casos foram confirmados e 18.639 descartados. Ainda estão em análise outros 1.929 casos. Durante o ano todo, foram registrados 29 óbitos decorrentes de dengue.

O ano de 2024 já começou com 63 casos notificados, dentre os quais há três casos confirmados, dois descartados e 55 em análise. Esses números foram atualizados no dia 3 de janeiro.

PREVENÇÃO

Dados anteriores mostram que a maioria dos focos do mosquito da dengue se encontra dentro das casas e nos quintais das pessoas. A orientação da secretaria é que a população dedique um tempo, semanalmente, para vistoriar suas casas em busca de objetos que possam acumular água. Os itens devem ser removidos e descartados em sacos plásticos, para a coleta seletiva ou para o recolhimento pelo caminhão de lixo. Também é necessário ficar atento aos vasos de plantas e potes de água de animais domésticos.

Através dessa pequena ação semanal é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, e, dessa forma, diminuir a transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti, como a dengue, zika e Chikungunya. "Precisamos entender que a melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti", destacou o coordenador.

DENÚNCIAS

A secretaria de Saúde possui um canal telefônico para denúncias relativas a imóveis ou áreas suspeitas de terem focos do Aedes aegypti. É o Disque-Dengue (0800-400-1893), que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

(Com informações do N.Com)