Colônia Penal
Agrícola deve
ter papel revisto
A Secretaria de Estado da Justiça pretende analisar os dados da pesquisa e promover mudanças em diversas áreas das dez unidades prisionais do Paraná. Uma das mudanças previstas é na Colônia Penal Agrícola, que tem cerca de 750 internos, e está voltada – basicamente – para atividades rurais. ‘‘A Colônia Penal foi concebida numa época em que 90% do pessoal era da área agrícola. Temos que começar a rever esta prática’’, afirma José Tavares.
De acordo com o secretário, apenas 16,6% dos presos trabalhavam com a agricultura antes de serem condenados. ‘‘Acho que se fizéssemos uma pesquisa na Colônia, 80% deles iriam querer desenvolver atividades urbanas. Temos que inovar, repensar o local e trazer cursos no setor da agroindústria’’, argumenta.
Entre as iniciativas que poderão ser implementadas nos próximos meses estão a comercialização e industrialização do leite. ‘‘Já fui procurado por uma empresa de laticínios que quer participar desta iniciativa. Isto traz benefícios para os presos e para a iniciativa privada’’, defende. A iniciativa privada seria a responsável pelos cursos e pela colocação dos equipamentos necessários para a industrialização do leite. Em contrapartida, ela terá mão-de-obra a baixo custo.
A Colônia Penal Agrícola desenvolveu, durante o ano passado, cursos de bovinocultura de leite, transformação caseira de produtos derivados de leite, olericultura básica, fruticultura básica, operação de tratores agrícolas, transformação caseira de produtos em conservas e piscicultura. Dos 750 internos, 190 foram certificados. (L.P.)