Dezenove colégios estaduais que pertencem ao NRE (Núcleo Regional de Educação) de Londrina terão consulta pública para aderirem, ou não, ao modelo cívico-militar a partir do ano letivo de 2024. A votação deve acontecer entre os dias 28 e 29 de novembro e poderão participar, nas próprias instituições, os professores, funcionários e pais de alunos. Os estudantes a partir de 16 anos também poderão demonstrar a opinião no pleito.

De Londrina, estão na lista os colégios Carlos de Almeida, Celia Moraes de Oliveira, Heber Vargas, Hugo Simas, Humberto Coutinho, Lucia Lisboa, Margarida Lisboa, Nilo Peçanha, Olympia Moraes tormenta, do Patrimônio Regina, Rina Francovig, Thiago Terra e Padre Wistremundo Garcia. Na região metropolitana as outras cidades são Alvorada do Sul, Cambé e Rolândia.

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Em Cambé, por exemplo, são quatro escolas: Maestro Andrea Nuzzi, Attilio Codato, Manuel Bandeira e Helena Kolody, onde um casal de jovens foi assassinado durante um ataque a tiros em junho. Em todo o Paraná, no total, são 127 unidades que vão realizar a consulta, com o modelo proposto para alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e ensino médio. São 80 mil adolescentes. O resultado da votação está previsto para 5 de dezembro.

Segundo a Seed (Secretaria de Estado da Educação), o colégio cívico-militar “combina elementos da gestão civil com a presença de profissionais militares da reserva na administração e na rotina escolar”. “A escola cívico-militar integra práticas e valores com os princípios educacionais, visando promover um ambiente escolar mais cívico e voltado para o desenvolvimento integral dos alunos”, pontua.

DESDE 2020

As escolas cívico-militares foram instituídas no Paraná em 2020. Em Londrina, atualmente, são cinco colégios com esta proposta: Vista Bela, Adélia Barbosa, Fernando Pinto, Josemaria Escriva e Vani Ruiz Viessi. No Paraná são 194. Outros 12 fariam parte do programa nacional proposta pela gestão Jair Bolsonaro (PL), porém, a iniciativa foi descontinuada pelo governo Lula (PT), com estas instituições passando para a gestão do Estado.

CONTRA

Em nota, a APP-Sindicato informou que junto com os núcleos sindicais estão se mobilizando para barrar o “avanço da militarização de escolas no Paraná”. “As consultas às comunidades escolares estão sendo feitas de maneira apressada, prejudicando o debate democrático. A escola pública não precisa de militar ganhando mais que professor para falsamente cumprir um papel que é do educador. O problema de nossas escolas é a falta de funcionários, professores e pedagogos, não de militares”, sustentou.

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