O governador Jaime Lerner inaugurou ontem, em Paranaguá, a obra de restauração do Instituto Estadual de Educação Doutor Caetano Munhoz da Rocha. Fundado em 1927, o prédio passou por uma reforma completa, incluindo as obras de arte e afrescos originais. ‘‘Foi uma obra delicada porque tivemos que deixar o espaço oco para refazer tudo, sempre conservando a característica original do prédio’’, explicou Giceli Portela, arquiteta responsável pela obra.
Durante a solenidade, o governador do Estado falou da importância do projeto como referência histórica para as crianças. ‘‘Restaurar um colégio como o Caetano Munhoz da Rocha é resguardar a história do Paraná. É um ato de respeito pela educação. Nós avançamos à medida em que evoluímos em auto-estima e em respeito pelos nossos valores históricos’’, afirmou.
Para a diretora-presidente da Fundepar, Denise Oldenburg Basgal, a obra representa o resgate da história cultural do Paraná. ‘‘Muitos prédios antigos do Estado estavam esquecidos ou mesmo condenados. Com este projeto de reforma, estamos resgatando a nossa identidade cultural, através da educação’’, afirmou.
A restauração do Caetano Munhoz da Rocha, que custou R$ 598 mil, faz parte do programa de restauração de 21 colégios históricos, que está sendo desenvolvido pelo governo estadual, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) repassados pelo Programa Expansão, Melhoria e Inovação do Ensino Médio no Paraná (Proem). O BID liberou 67% e o governo paranaense 37% dos R$ 13,7 milhões que estão sendo investidos nas obras. ‘‘O trabalho de recuperação destes 21 prédios estará concluído ainda neste primeiro semestre’’, enfatiza o governador.
Diversos colégios, como o Bartolomeu Mitre (Foz do Iguaçu), Hugo Simas (Londrina), Xavier da Silva (Curitiba) e Regente Feijó (Ponta Grossa), que tiveram suas obras iniciadas no final do ano passado, também estão ganhando cara nova.