A forte chuva acompanhada de ventania na manhã desta terça-feira (31) deixou estragos em várias regiões de Londrina. Na zona sul, parte da cobertura de um posto de combustíveis que fica na rodovia Mábio Gonçalves Palhano, ao lado do shopping, veio abaixo. Segundo relatos de testemunhas, a estrutura foi descendo aos poucos. Haviam dois carros no momento, que conseguiram sair a tempo. Ninguém se feriu.

Os proprietários do estabelecimento preferiram não conceder entrevista, mas comentaram que a suspeita é de que o telhado não tenha suportado o volume de água. Ninguém se machucou e o posto tem seguro. Entre a madrugada e às 11h30 choveu aproximadamente 35 milímetros.

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Árvores também caíram pela cidade. Na avenida Santos Dumont, na zona leste, uma árvore despencou em cima de um carro, nas proximidades do aeroporto Governador José Richa. O veículo pertence a um motorista de aplicativo, que transportava duas pessoas. Apesar do susto, não houve feridos e o tronco foi retirado pelo Corpo de Bombeiros.

Árvore caiu em cima de carro na avenida Santos Dumont
Árvore caiu em cima de carro na avenida Santos Dumont | Foto: Pedro Marconi

No jardim São Jorge, na zona norte, uma árvore de pequeno porte saiu na raiz e arrancou o poste com toda a fiação. De acordo com o Simepar, as rajadas de vento atingiram o ápice às 10h, chegando a 64 quilômetros por hora. Grandes poças se formaram na avenida Brasília, perto do jardim Nossa Senhora da Paz, região oeste, o que demandou atenção redobrada dos condutores, que tiveram que diminuir a velocidade para passar.

DESTELHAMENTO

A Defesa Civil em Londrina disse que foram recebidos apenas dois chamados, ambos de destelhamento. Cerca de seis mil domicílios ficaram sem energia. As ocorrências se concentraram na região sul, como na avenida Inglaterra, União da Vitória e Gleba Palhano, além da zona rural do Limoeiro e o jardim Sabará. A Copel ainda informou que existem 76 ocorrências para atendimento na região.

REGIÃO

Na Região Metropolitana de Londrina também foram contabilizados prejuízos. Em Cambé, na rua França, uma árvore caiu sobre um carro. O Rio Tibagi, que vem sendo acompanhado pela Prefeitura de Jataizinho, segue dois metros acima do nível normal, na manhã desta terça. O mesmo ocorre com o rio Jataizinho, que é um afluente do Tibagi.

“Coordenadoria Municipal de Defesa Civil destaca que segue monitorado o rio Jataizinho que passa pelo o perímetro urbano da cidade bem como, o rio Tibagi. Até o momento não foi necessário o atendimento de resposta aos moradores das áreas de risco e, interdição de vias”, pontuou o órgão.

ACIMA DA MÉDIA

Outubro está terminando com chuvas acima da média para Londrina no mês. São 267.6 milímetros, 72% mais do que o que costuma ser esperado para o período, que é 155.8 milímetros (média histórica). O recorde foi em 2009, quando choveu no décimo mês do ano 396 milímetros.

A agrometeorologista do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), Heverly Moraes, explicou que a precipitação é consequência do fenômeno El niño, que está influenciado o clima em todo o País. “Haviam bloqueios atmosféricos, por isso, passamos agosto e setembro mais secos, mas neste mês não teve bloqueio e choveu em todo outubro. Este fenômeno provoca muita chuva no Sul e seca do Norte”, detalhou.

A expectativa é de que o El niño continue impactando no clima até o final do outono, ou seja, junho de 2024. “O mês de novembro vai começar com chuva. Tem previsão de instabilidade até sexta-feira (3). Ao longo deste mês teremos episódio de chuva dentro ou acima da média, com frentes frias. Tem muita influência de zona de baixa pressão que vem do Oeste, Argentina e Paraguai” ressaltou. A média histórica para novembro é de 161 milímetros de chuva.

Atualizada às 12h03

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