CMTU vistoria carros do transporte escolar
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2005
Jacira Werle<br> Reportagem Local
Além de fazer matrículas, comprar material escolar e uniformees, alguns pais também precisam encontrar transporte escolar para os filhos antes do início das aulas. Para garantir a segurança do serviço de transporte, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina começou ontem a vistoria dos 88 veículos autorizados a realizar esse tipo de trabalho na cidade. A vistoria pode ser feita até o dia 31 de janeiro.
De acordo com Rosimeiri Suzuki Lima, diretora de transportes da CMTU, as vistorias nos carros que fazem transporte escolar são minuciosas, com o objetivo de averiguar as condições de segurança do veículo. Para cada carro vistoriado é cobrada uma taxa de R$ 24,84. Também é verificada pela CMTU a documentação do motorista e da monitora que acompanha os estudantes durante as viagens. Ela alerta as empresas para não deixarem a avaliação para a última semana. ''Caso seja constatado algum problema, o responsável pelo veículo deverá resolver a questão e depois voltar para mostrar que o conserto foi efetuado'', esclarece.
Rosimeiri indica que os pais devem verificar se o carro contratado para fazer o transporte dos filhos possui a licença dada pela CMTU e que deve ser afixada no pára-brisa do veículo. Outra dica é solicitar ao motorista e à monitora do transporte as carteiras com a identificação passadas pela CMTU. Os 88 veículos que prestam serviço de transporte escolar em Londrina são vistoriados semestralmente.
Sócio de uma empresa de transporte escolar há 11 anos, Álvaro Antônio Doroso, antecipou a visita à CMTU para o início do mês. ''Troquei um dos carros durante as férias e aproveitei para deixar tudo organizado'', conta. Doroso tem três veículos com capacidade para transportar 14 estudantes. Ele acredita que os profissionais que trabalham com transporte escolar devem manter o carro em boas condições e ter um monitor treinado para garantir a ordem e auxiliar os estudantes dentro de cada veículo.
Cláudio Fontana, dono de outra empresa de transporte escolar há 10 anos, conta que os pais questionam em primeiro lugar o preço, depois perguntam sobre a qualidade do serviço. ''Os clientes novos perguntam mais, e eu faço questão que eles conheçam o estado do veículo'', ressalta. Segundo ele, cerca de 60% dos clientes continuam com o mesmo transporte escolar de um ano para o outro.
Tanto Doroso quanto Fontana acreditam que a vistoria dos veículos é necessária para que seja mantida a qualidade nos serviços de transporte escolar. ''A vistoria é necessária para que existam menos veículos irregulares e a própria imagem dos profissionais que fazem legalmente esse transporte seja mantida'', afirma Fontana. Para Doroso, ''não adianta ter um preço mais baixo sem ter segurança''.