A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) recolheu, nesta quinta-feira (3), três carcaças de automóveis abandonadas em uma mata (área pública) no Jardim da Gávea, na zona norte de Londrina. Os veículos foram levados para o pátio municipal, que fica na zona sul, e estarão à disposição dos seus proprietários.

Da mata do Jardim da Gávea, que fica próxima do Córrego Pirapozinho e de uma área de regularização fundiária, foram retiradas as carcaças de um Volkswagen Kombi bege, ano 1977; de um Fiat Uno cinza, ano 1991; e a de um Ford Corcel II verde, ano 1979.

Os três veículos, com as latarias completamente comprometidas, não tinham mais condições de uso, estavam com entulhos no interior e as portas, arrebentadas.

Há suspeitas que poderiam ter servido inclusive como ponto de entrega de drogas e de produtos de origem ilícita. Também serviam para acúmulo de água da chuva, o que propiciava a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças.

No local também havia muito lixo, entulhos e objetos inservíveis, como carcaças de tevês, chuveiros, pneus e garrafas. Uma equipe especializada da CMTU recolheu todos os objetos do local, totalizando 6 metros cúbicos de lixo.

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Além do abandono, os veículos, somados, acumulam uma dívida de mais de R$ 3 mil, entre licenciamentos, multas e outras taxas. Segundo o diretor de Trânsito da CMTU, Rafael Sambatti, o recolhimento das sucatas é importante porque, do jeito que estava, “trazia problemas de saúde e de segurança pública”.

O diretor disse que a CMTU mapeia essas áreas sensíveis e, além do recolhimento dos veículos, faz a limpeza do local “para oferecer mais segurança e qualidade de vida para os moradores da região”.

“O objetivo do município não é ter a posse desse bem. O objetivo é tirar esse veículo da rua e acomodá-los num lugar adequado para que estejam à disposição dos seus proprietários”, destaca.

Protocolos para veículos abandonados

Existem procedimentos e protocolos para caracterizar veículos abandonados. Os agentes de trânsito da CMTU recebem as denúncias e vão averiguar. Se o veículo tem características de abandono, é afixado um aviso autocolante na sua parte externa. São tiradas fotografias do veículo e do local onde está e, após, é emitida uma notificação para que o proprietário faça a retirada.

Toda notificação é enviada pelos Correios, que faz três tentativas de entrega. Quando o proprietário recebe a notificação, começa a contar o tempo de 10 dias para as providências. Retornando a notificação dos Correios, um agente da CMTU vai, após o prazo, certificar se o veículo foi retirado do local. Se ainda estiver por lá, o veículo é inserido na lista de apreensões. Com a remoção, o mesmo é levado até o pátio da companhia. Lá, o proprietário terá 60 dias para pagar todos os débitos e reaver o veículo. Se isso não for feito, o bem será inserido no processo de leilão público.

'Moto bambu'

Em uma das calçadas próximas do local onde era feita a operação da CMTU, os agentes viram
uma motocicleta Honda CG-125 vermelha caracterizada como “moto bambu”, que estaria com circulação irregular. Assim como os carros abandonados, o veículo também foi removido e levado para o pátio da companhia.

Novas operações do gênero continuarão sendo feitas nas próximas semanas pelo Departamento de Trânsito da CMTU. Em quase dois anos, o Departamento de Trânsito da CMTU já fez 930 notificações.

(Com informações da CMTU)

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