As construções da trincheira e do túnel no cruzamento entre as avenidas Rio Branco e Leste-Oeste devem ser liberadas para execução até o final do mês de janeiro pela Prefeitura de Londrina. Por ser de grande dimensão e impactar avenidas fundamentais para o fluxo da cidade, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito de Londrina) vai adiantar a sinalização para que a população passe a buscar rotas alternativas antes mesmo do início das obras.

Imagem ilustrativa da imagem CMTU adianta sinalização das obras entre avenidas Leste-Oeste e Rio Branco

O diretor de Trânsito da CMTU, major Sérgio Dalbem, explica que a companhia vai atuar de acordo com o cronograma repassado pela secretaria municipal de Obras. A previsão de início da primeira etapa é a partir do dia 15 de janeiro. “Como é um local muito sensível e importante para a cidade, vai trazer problemas, porque as ruas adjacentes não são paralelas à avenida Leste-Oeste e isso faz com que dificultem os desvios alternativos para que o usuário não passe pela obra”, menciona.

Por isso, o primeiro conselho é que a população já passe a testar e utilizar rotas alternativas para se acostumar com o caminho e evitar passar pelo local durante a construção. “Lembrando que toda obra na via pública é complicada, envolve maquinário, operários, sinalização, materiais de construção. Além de todo esse transtorno, de repente, pode ser necessária manobra que interrompe a via e o motorista com pressa fica no congestionamento. Por isso, mesmo que ande mais, provavelmente ele vai gastar menos tempo para atender ao seu compromisso”, afirma Dalbem.

A obra vai impactar a Leste-Oeste entre a rua Natal e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol; e na Rio Branco, entre a avenida Tiradentes e BR-369. A programação coloca início em janeiro de 2021 e finalização para dezembro de 2022. A empresa responsável pela execução é a TCE Engenharia.

PRIMEIRA ETAPA

Com duração estimada de 30 dias, a primeira etapa consiste na instalação do canteiro de obras na avenida Leste-Oeste, execução do desvio em frente à UPA Jardim do Sol e obra de drenagem da avenida Rio Branco. De acordo com o diretor de Trânsito, nesse primeiro momento, os trabalhos não terão muito impacto na avenida Leste-Oeste.

Por outro lado, uma das pistas da avenida Rio Branco será interditada no sentido Norte-Centro, a partir do viaduto da BR-369. A outra pista será utilizada em mão dupla, compartilhada entre os veículos dos dois sentidos. Também ficarão interditados os acessos para quem sai da BR-369 para entrar na avenida e no cruzamento com a Rua Capitão Ferreira Gomes.

Imagem ilustrativa da imagem CMTU adianta sinalização das obras entre avenidas Leste-Oeste e Rio Branco

SEGUNDA ETAPA

A segunda etapa, programada entre os dias 15 de fevereiro e 15 de abril de 2021, contará com interdição da rotatória para início da construção do viaduto e continuação da drenagem na avenida Rio Branco. Para isso, será necessário desvio à direita para retorno em frente a UPA do Jardim do Sol e possível desvio de algumas linhas de ônibus.

Nesse período, a pista da avenida Rio Branco sentido Norte-Centro deve continuar interditada, com sentido duplo na outra pista. Ficará proibido o acesso da BR-369 pela avenida Rio Branco. Aumento do tempo do semáforo no acesso da avenida Rio Branco para a BR-369 (sentido Ibiporã) e possibilidade de proibição de circulação de caminhões no local entre 7h e 19h. Também será estudada a aplicação de sentido único na rua Padre Anchieta e rua Manoel de Nóbrega, entre avenida Brasília e rua Padre Antônio Vieira.

CMTU apresenta alternativas

Cambé - Zona Norte

Como estratégia, a CMTU pretende sinalizar opções de desvios muito antes do local da obra. Como a sinalização que será instalada no trevo da BR-369 com a PR-445 para quem sai de Cambé e pretende chegar à Zona Norte de Londrina. A opção é que o motorista acesse a PR-445, sentido Sertanópolis, utilize a marginal para chegar à Estrada da Perobinha, que leva até a avenida Saul Elkind.

Outra alternativa é o desvio pelo semáforo da BR-369, em frente ao Moinho Dona Benta (J.Macêdo). Nesse ponto, uma placa será instalada, indicando o acesso para a Zona Norte pelo trajeto via avenida Luigi Amorese, rua Figueira e avenida Aracy Soares dos Santos até chegar aos bairros da região pela avenida Clarice de Lima e Castro ou avenida Winston Churchill.

Zona Norte – Centro

Para quem sai da Zona Norte para o Centro, a CMTU indica o trajeto pela avenida Winston Churchill, mas com sinalização de desvio pela Henrique Mansano em direção à avenida Lúcia Helena Gonçalves Viana ou à rodovia Carlos João Strass.

Outra sugestão colocada pela companhia é seguir pela Winston Churchill até a rodovia, onde será colocada uma placa para que o motorista siga pela BR-369 até a rua Guaporé e seguir para o Centro.

Zona Oeste – Centro

As sinalizações serão aplicadas para quem faz o sentido Oeste-Centro pela avenida Leste-Oeste, para quando a via estiver interrompida. Uma placa indicará o desvio para avenida José de Alencar, nas proximidades da avenida do Sol, para que a pessoa tenha acesso à avenida Tiradentes e siga até a avenida Juscelino Kubitschek.

Outra sugestão para quem passa pela avenida Tiradentes e deseja acessar à Leste-Oeste é o desvio pela Rua Porto Alegre e rua Natal para chegar a outro ponto da avenida desejada, conforme será indicado pela CMTU.

Centro-Zona Norte

Também haverá placas de sinalização na avenida Leste-Oeste para quem sai do Centro e pretende acessar a região Norte da cidade. Para evitar a rotatória e as obras do viaduto, os condutores deverão acessar a rua Itajaí, converter à direita, sentido rua Araguaia ou rua Tietê, que permitem chegar à avenida Rio Branco e seguir pela avenida Winston Churchill.

EXPECTATIVA PARA AS OBRAS

Apesar das interdições, desvios e adaptações, a população espera com ansiedade pelas obras. Isso porque a construção envolve vias importantes, uma das principais de acesso à zona norte, cujo fluxo de veículos é intenso e trânsito lento. Em solenidade de assinatura do contrato, o prefeito Marcelo Belinati citou que aproximadamente 20 mil veículos passam por hora pelo local.

Moysés Augusto de Oliveira, 53, é mototaxista há 13 anos e todos os dias enfrenta o trânsito no local. “De manhã e final da tarde é uma loucura, mas tem veículos o dia inteiro. Já presenciamos vários acidentes aqui. A rotatória e o semáforo não dão conta”, menciona.

Para ele, ter que se adaptar com as novas rotas durante as obras é um transtorno, mas que é necessário. “Toda melhoria para nós é bem-vinda. Essa é uma via importante, a população depende dela, então, vale a pena passar pelo transtorno”, defende. “Aqui, além dos carros, motos e caminhões, tem bastante pedestre, porque é região de bairro. Um viaduto vai desafogar o trânsito, melhorar bastante, como na avenida Dez de Dezembro. Faz tempo que precisava mudar aqui”, acrescenta.

José Mário, 66, vive no jardim Bandeirantes (zona e acessa a rotatória para ir até o Centro e defende que o local merece uma nova estrutura. “É problemático, um entroncamento de fluxo grande, as vias são insuficientes para o trânsito de hoje. Acredito que o viaduto vai ajudar, é uma boa solução. Vamos ter problemas durante as obras, mas entendo que é necessário”, argumenta.

O diretor de trânsito da CMTU, Major Sérgio Dalbem, pede paciência à população e diz que aceita sugestões de desvios necessários durante a execução da obra. “Nós estudamos e fizemos o plano, mas um morador da região que conhece o local pode conhecer alternativas melhores e pode nos comunicar para que a gente possa estudar a opção também”, afirma.

As placas de sinalização com sugestão de caminhos alternativos serão aplicadas até o dia 15 de janeiro, o diretor indica que a população já passe a adotar as novas rotas antes mesmo do início das obras para que se familiarize com o trajeto e tempo utilizado.