Representantes do Sindicato dos Bancários de Curitiba, que paralisaram a agência Muricy do Banco do Brasil, na manhã de ontem, tiveram que liberar a entrada dos clientes um pouco antes do previsto. A intenção era impedir a agência de funcionar das 8 às 11 horas, mas os manifestantes tiveram que ceder dez minutos antes. O movimento é nacional.
Os clientes que esperavam na fila - a maioria idosos - estavam indignados com a manifestação. O corretor de imóveis Marcílio Antônio da Silva, 65 anos, estava em frente à agência desde as 9 horas. Só conseguiu entrar às 10h50. ‘‘Tinha que estar em Paranaguá, às 11 horas, e ainda estou aqui’’, disse. ‘‘Por que eles não tomam essa medida às 16 horas, para não atrapalhar o povo?’’
Os bancários querem que o BB siga o acordo nacional, firmado no último dia 17. O acordo determina reajuste de 1,2% nos salários a partir de setembro, abono de R$ 700,00, participação nos lucros e resultados de 80% do salário mais R$ 300,00 e manutenção de direitos históricos da categoria.
Segundo o presidente do sindicato, Pedro Eugênio Leite, o Banco do Brasil propõe um abono de R$ 700,00, reajuste zero e fim dos delegados sindicais, do anuênio e da garantia contra demissões coletivas. Além disso, o sindicato diz que a empresa está distribuindo a Participação nos Lucros e Resultados, referente ao primeiro semestre de 1998, discriminadamente - R$ 12 mil para superintendentes de nível mais alto e R$ 200,00 para caixas e escrituários.