Cinco pessoas com mandado em aberto foram presas, na manhã desta segunda-feira (15), numa operação deflagrada pela Polícia Civil em Londrina, Ibiporã e Cambé, na região metropolitana. A ação, que contou com o apoio do serviço de inteligência do 5º Batalhão da PM (Polícia Militar), mirou uma organização responsável pelo chamado “disque-droga”.

Entre os detidos estão um casal, de Ibiporã, que comandava o grupo, um entregador e outro homem que armazenava os entorpecentes. “Essa modalidade vem crescendo em todo o Brasil. Aqui na nossa região, basicamente parte dos integrantes recebiam os pedidos, passava aos demais, que realizavam a venda e recebiam por Pix ou em dinheiro”, detalhou o delegado Bruno Almeida. “Os usuários entravam em contato pelo WhatsApp”, acrescentou.

Uma outra pessoa, que não tinha mandado, foi presa em flagrante com munições de pistola. Dois alvos não foram localizados. “Os mandados serão publicados no banco nacional de mandado de prisão. Além disso, nos próximos dias vamos divulgar retratos deles para a sociedade auxiliar na captura com denúncias”, destacou.

LEIA TAMBÉM: Obra da Delegacia Cidadã de Londrina deve ficar pronta em maio

Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. “Foram apreendidos mais aparelhos celulares. Os alvos que não foram localizados, por exemplo, é justamente o pessoal que ficava responsável por armazenar e cortar a droga para eles (o casal)”, comentou.

MIGRAÇÃO

A investigação teve início há cerca de cinco meses, depois que um entregador do grupo foi preso em flagrante. A operação, denominada “Mercadores da Morte”, contou com a participação de cerca de 40 policiais, entre civis e militares. Os envolvidos deverão ser indiciados pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico.

“Antes existia a ‘biqueira’, no entanto, na grande maioria dos casos ela ficou restrita aos usuários de crack. Em relação à cocaína e maconha, principalmente a maconha mais elitizada, (os traficantes) estão migrando para com o disque-droga. Na visão deles, a ‘biqueira’ é um negócio que daria mais margem para a polícia encontrar”, pontuou o delegado.

INVESTIGAÇÃO DO PATRIMÔNIO

A apuração vai continuar em busca de identificar outros criminosos que possam ter ligação com os presos desta segunda. “Nesse primeiro momento focamos em tirar de circulação (os envolvidos), mas não descartamos uma segunda fase da operação em relação à investigação patrimonial”, projetou.