As blitze de trânsito em Londrina continuarão sendo realizadas normalmente, mas, em alguns casos, os veículos não serão apreendidos, evitando piorar a situação do pátio da Companhia de Trânsito (Ciatran), que está superlotado. A informação foi dada ontem pelo comandante da Ciatran, capitão Sérgio Dalbem. Na semana passada, o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Londrina, tenente-coronel Ademir Costa, havia anunciado a suspensão das blitze, justamente por falta de um local para abrigar os veículos.
Atualmente, segundo o capitão Dalbem, estão recolhidos no local quase 700 veículos. Por falta de espaço, muitos veículos ocupam a calçada da frente da Ciatran (localizado na BR-369, zona leste), atrapalhando o trânsito de pedestres. Outros 551 veículos estão abrigados na sede do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), na zona sul.
Há duas semanas, a Companhia de Desenvolvimento de Londrina (Codel) havia assumido o compromisso de ceder provisoriamente uma área na zona leste, onde será instalado o Condomínio Industrial Francisco Sciarra, para a Ciatran, mas voltou atrás na decisão. Por isso, coronel Costa anunciou, na semana passada, a suspensão das blitze.
Ontem, capitão Dalbem informou que a apreensão parcial de veículos foi a forma encontrada para continuar com as blitze. Ele explicou que em casos de infrações de trânsito (como licenciamento vencido, falta de equipamento obrigatório ou lacre violado, entre outros), em vez de ter o veículo detido, o condutor será notificado, os documentos serão apreendidos e terá um prazo para comparecer à Ciatran e regularizar a situação. O prazo será de 30 dias.
Veículos continuarão sendo apreendidos em casos mais graves, como quando o condutor estiver embriagado, não possuir carteira de habilitação ou se envolver em um acidente de trânsito. Nestes casos, o responsável, além de pagar multas e taxas para regularizar a situação, terá de pagar o guincho e o tempo de estadia no pátio - R$ 7,10 por dia.
O comandante ressaltou que o pátio da Ciatran já não comporta mais a demanda da cidade. Ele lembrou que a frota de Londrina é composta por 150 mil veículos e que a cidade atrai muitas pessoas da região. Segundo o capitão, a PM, em conjunto com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) e Companhia de Urbanização de Londrina (Comurb) está procurando um área que possa abrigar os veículos apreendidos.
Outra alternativa para solucionar em parte o problema é a realização de leilões dos carros. O último leilão em Londrina aconteceu em maio deste ano, quando foram ofertados 341 veículos.
Capitão Dalbem informou que 720 veículos estão aptos a serem leiloados novamente. Mas a perspectiva é de que não seja realizado um outro leilão neste ano, segundo o presidente da comissão de leilões do Detran, José Corrêa Neto. Para este ano estavam previstos outros dois leilões ainda. Mas ontem ele disse que o processo foi prejudicado por ser ano eleitoral.