As obras do aterro sanitário de Campo Mourão, que já deviam estar prontas desde o final do ano passado, estão sendo feitas em ritmo muito lento e não têm previsão para serem concluídas. O chefe regional da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), Fernando Obikawa, disse à Folha que o atraso acontece devido às chuvas. Ele negou que o problema seja a falta de recursos.
‘‘As chuvas têm atrasado os serviços’’, ressaltou Obikawa. Segundo ele, o trabalho de construção do aterro é feito basicamente de terraplanagens, o que obriga a interrupção das obras por três ou quatro dias devido a um único dia de chuva. ‘‘Com o período de chuvas, é preferível desacelerar o serviço. Caso contrário, o trabalho pode ser perdido’’, explicou. O chefe da Suderhsa disse que o término das obras depende do tempo.
Já estão praticamente prontas duas lagoas para tratamento do chorume, que são revestidas por uma manta de plástico PVC para evitar a infiltração do solo e a contaminação do lençol freático. Também já foi feita a vala revestida pela manta que receberá o lixo. Parte do revestimento da vala, no entanto, está destruída. De acordo com Obikawa, as obras já sofreram ações de vandalismo. ‘‘Andaram rasgando parte da lona’’, disse.
A construção do barracão que será usado para reciclagem do lixo foi reinicidada no começo do ano. As obras do aterro foram iniciadas em junho e deveriam estar prontas quatro meses depois. O aterro fica a 12 quilômetros da cidade e está orçado em R$ 350 mil. Ele deverá atender a cidade até 2021, substituindo o velho lixão a céu aberto, na Vila Guarujá, onde cerca de 40 pessoas sobrevivem com a ‘‘garimpagem’’ do lixo.