As fortes chuvas do fim de semana ainda causam reflexos no abastecimento de água em várias cidades do Paraná. As mais atingidas estão nas microrregiões de Francisco Beltrão (Sudoeste, Campo Mourão (Centro-Oeste) e Guarapuava (Centro). Além de inundações e alagamento das unidades operacionais, o temporal provocou queda de energia e danificou equipamentos de bombeamento. As equipes da Companhia trabalham para recuperar os sistemas de abastecimento de água o mais breve possível.

Na região de Campo Mourão, nesta segunda-feira (30), o abastecimento de água está comprometido em Altamira do Paraná, Campina da Lagoa (e no Distrito Salles de Oliveira), Luiziana, Araruna (e no Distrito São Vicente), Fênix, Mato Rico e nos distritos Sertãozinho em Engenheiro Beltrão e Águas de Jurema, em Iretama.

Ainda pode ocorrer falta de água em Realeza, Dois Vizinhos, Cruzeiro do Iguaçu, Planalto e Capanema, na região de Francisco Beltrão.

Na região de Pato Branco, os municípios de Palmas e Itapejara do Oeste também estão com o abastecimento comprometido.

Na microrregião de Guarapuava, nas cidades de Pitanga, Candói, Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul as unidades operacionais da Sanepar foram atingidas pelo temporal e o sistemas ainda não foram normalizados.

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A estação de tratamento de água do município de Reserva, na região de Telêmaco Borba, está operando com 50% da capacidade, em razão da inundação da captação do Rio Maromba.

As cidades de Almirante Tamandaré e Lapa também ainda estão com o abastecimento de água prejudicado.

Nesta madrugada inundou o poço que abastece o distrito de Dorizon, em Mallet, prejudicando o fornecimento de água.

ENERGIA ELÉTRICA

As equipes da Copel trabalham para restabelecer o fornecimento de energia em diversas áreas atingidas por fortes chuvas desde sexta (27). Devido às chuvas incessantes ao longo de domingo (29), áreas alagadas ainda limitam o acesso das equipes a algumas regiões. De acordo com a última atualização da Companhia, no início desta manhã, 15,3 mil unidades consumidoras estão sem energia no Estado. Cerca de mil profissionais atuam simultaneamente.

Ao todo, eles trabalham para atender a 1.438 serviços emergenciais pulverizados por todas as regiões. As áreas rurais concentram a maior parte destes serviços No momento, os municípios de União da Vitória, Prudentópolis, Cascavel, Campina da Lagoa e Rio Brando do Sul são os mais afetados.

ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA

A Copel reitera que, em ocorrências climáticas como esta, é importante o cuidado com a segurança, especialmente em áreas com acúmulo de água. A população deve manter distância de locais onde haja fios rompidos ou postes quebrados. Em situações de risco, o contato deve ser feito também pelo número 0800 51 00 116. A Copel informa que, dependendo do avanço das cheias, poderá desligar a energia por risco de choque elétrico.

VAZÕES

As fortes chuvas registradas neste domingo voltaram a elevar as vazões nos principais rios do Paraná. A previsão do Simepar era de precipitação mais intensa e localizada no Centro-Sul e Sudoeste do Estado, mas foi registrado volume bem superior também na região de Curitiba.

As equipes de operação da Copel e áreas de suporte trabalham de forma ininterrupta, antecipando cenários e executando as estratégias mais adequadas para garantir a segurança operacional das usinas e reduzir ao máximo o impacto desses eventos climáticos extremos para a população.

Com o indicativo de chuvas intensas que os diferentes modelos meteorológicos apontavam para os meses de outubro e novembro, os agentes de geração das usinas da cascata do Iguaçu, sob coordenação do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, optaram por manter comportas abertas desde o último dia 6, para reduzir o nível de água dos reservatórios e armazenar parte do volume da cheia observada atualmente.

SEGURANÇA

A Copel mantém contato permanente com a Defesa Civil, que orienta os moradores e prefeituras a respeito das providências a serem tomadas diante dos cenários registrados em cada usina.

A Companhia reforça que as comunidades ribeirinhas e frequentadores dos rios devem aumentar a atenção nesses períodos de cheia. Quando as usinas estão com comportas abertas e vertendo, a correnteza aumenta tanto acima quanto abaixo da barragem e o risco de afogamentos e acidentes com embarcações também é maior.

(Com informações da Agência Estadual de Notícias)