A Prefeitura de Londrina pretende investir até R$ 6 milhões na construção do Centro de Bem-Estar Animal. São R$ 2,2 milhões de contrapartida do município, R$ 1 milhão de emenda do deputado federal Filipe Barros da cidade e outros R$ 2,8 milhões de repasse do Governo do Estado, em dinheiro proveniente de fundo perdido. “O projeto está pronto e foi aprovado pelo Estado. Temos o terreno, que é do município. Falta apenas formalizar o convênio com o governo, o que será feito nos próximos dias para licitar a obra”, destacou Marcelo Canhada, secretário municipal de Planejamento.

A área escolhida para receber a estrutura fica na rua Antônio Piovesan, na zona norte. Serão 745 metros quadrados edificados, com prazo de 11 meses de obras a partir da ordem de serviço. O lugar servirá para atender animais que sofreram maus-tratos. “São animais que inspiram cuidados, aqueles resgatados pela fiscalização. Não é um hospital e nem abrigo permanente”, ponderou. A ideia é o centro funcione como uma “casa de passagem”, com os animais sendo encaminhados para adoção.

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O poder público municipal também avalia que o espaço vai auxiliar no controle de zoonoses, melhorando as relações ambientais. Londrina teve entre janeiro e setembro do ano passado uma média de 68 denúncias de maus-tratos a cães e gatos por mês. A prefeitura tem o projeto de transferir a política de bem-estar animal, que hoje está na Sema (Secretaria Municipal de Ambiente), para a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). “Tem mais agilidade e melhor condição administrativa”, justificou.

MANUTENÇÃO

A reportagem teve acesso a um documento que mostra que a prefeitura estima que o gasto para manutenção mensal do centro animal seja de cerca de R$ 1,2 milhão. O valor seria utilizado para pagamento de salários de um diretor, um gerente, seis pessoas no setor administrativo, quatro médicos-veterinários, dois enfermeiros veterinários, dois fiscais e oito trabalhadores de serviços gerais. Somente para pagar os veterinários, por exemplo, precisaria de R$ 432 mil por mês.

PATRULHA PET

Na semana passada, foi publicado no diário oficial do município o projeto de lei que cria a patrulha pet, que terá o dever de coibir a prática do crime de maus-tratos contra animais. A coordenação e atuação ficou a cargo da GM (Guarda Municipal).

Segundo Canhada, o centro de bem-estar é mais uma política pública para se somar a outras ações que vêm sendo adotadas. “A cada seis meses repassamos ração (para famílias vulneráveis e organizações), mas queremos diminuir este prazo pela metade. Pretendemos nos próximos 12 meses fazer 30 mil castrações e praticamente zerar a fila. Tem a questão do Samuvet, para socorro de urgência e emergência”, elencou.

O Castramóvel começou a funcionar em 2020 e atendeu desde então 27.161 animais domésticos. A prefeitura gastou R$ 2,1 milhões para iniciar o projeto e neste ano deverá investir mais R$ 1,1 milhão. Os procedimentos oferecidos têm custo unitário que varia de R$ 110 a R$ 192, conforme o porte e sexo do animal.

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