O médico-legista Luciano Bucharles, do Instituto de Criminalística de Londrina, responsável pela perícia do carro que caiu na madrugada do último domingo no Lago Igapó 3 matando três jovens afogados, adiantou ontem à Folha que o Escort dirigido pelo vocalista da Banda Ziriguidum, o promotor de vendas Renato Rico Ramires, 30 anos, estava acima da velocidade permitida quando ''mergulhou'' na água.

A perícia constatou uma velocidade aproximada de 86 km/h, mais que o dobro da velocidade permitida 40 km/h no trecho da Avenida Castelo Branco, onde ocorreu o acidente. Ontem, Bucharles também conclui que o acidente foi provocado por falha humana.

Nada foi encontrado no chassi ou no motor que explicasse a trágica manobra. ''É óbvio que o carro aparentava certo desgaste, mas nada que comprometesse a dirigibilidade'', informou o perito, que ainda não sabe o ano de fabricação do veículo, mas estima que o modelo seja de 1990 ou 1991. Oficialmente, o laudo deve ser entregue amanhã à Delegacia de Trânsito, que apura as causas do acidente.

Além de Renato (morador do Conjunto Cafezal 2), morreram no acidente a namorada dele Silvana Peretti, de 26 anos, e Idelmar Dias, 30 anos, também estudante. Os três não conseguiram sair do veículo, que caiu quase na vertical no lago, e morreram antes do resgate. Simone Laverdi, 30 anos, aproveitou o rompimento de um vidro lateral, e escapou. Foi a primeira vez que a queda de um veículo no Igapó resultou em vítima fatal.