A Câmara de Campo Mourão aprovou por unanimidade o projeto de lei que acaba com a taxa mínima da Sanepar para quem consome até 10 mil litros de água por mês. Pela proposta, a empresa deverá cobrar apenas pela água consumida.

''A taxa mínima é injusta, pois cobra do cidadão algo que ele não consumiu'', disse o autor do projeto, vereador Edson Battilani (PPS). A taxa mínima hoje custa R$ 10,25.

O vendedor autônomo Ovídio Men, 61 anos, é um exemplo da injustiça: ele e mais duas pessoas têm um consumo médio mensal de 7 mil litros de água, mas pagam a taxa mínima sem utilizar 3 mil litros. Já a professora Maria Nalci Togni Simão teme que o preço do metro cúbico de água suba se a lei entrar em vigor. Em Campo Mourão, das 20,9 mil ligações de água, 12 mil pagam a taxa mínima, o que significa 57% do total.

O gerente da Sanepar, Roberto Takashina, disse que a empresa vai recorrer da decisão da Câmara. ''Existe um contrato que não pode ser mudado unilateralmente. A outra parte (a Sanepar) precisa ser ouvida'', explicou. Ele acha difícil que a lei seja colocada em prática.