Após três anos, a Guarda Municipal (GM) de Londrina voltou a contar com uma empresa especializada para a manutenção das câmeras instaladas na cidade. De 106 equipamentos que deveriam estar funcionando nas vias públicas da cidade, em especial na região central, apenas seis estavam operando normalmente nos últimos meses. Desde a semana passada, vários aparelhos, que passaram por reparos, começaram a ser reinstalados.

Imagem ilustrativa da imagem Câmeras nas vias públicas de Londrina serão reativadas
| Foto: Gustavo Carneiro

Entre as localidades consideradas prioritárias e que já receberam o videomonitoramento está a Praça da Bandeira, que foi umas das primeiras em razão da movimentação gerada pelas festas de fim de ano e decoração natalina. Secretário municipal de Defesa Social, Pedro Ramos explicou que os lugares foram definidos a partir de estatísticas de ocorrências e levantamentos da corporação.

“Deveremos colocar câmeras ao longo do Calçadão, em torno do Bosque Municipal Marechal Cândido Rondon, Catedral Metropolitana, Museu Histórico, Terminal Central, barragem do Lago Igapó, principais rotatórias e no entorno de outros logradouros públicos maiores, como a Escola Municipal Zumbi dos Palmares”, elencou.

O responsável pela pasta esclareceu que o trabalho não consiste numa expansão do monitoramento à distância, mas sim na recuperação do acervo de câmeras. “É uma medida que não é cara e contribui para a segurança da cidade e com o serviço prestado pela Guarda Municipal, que não consegue estar em todos os locais ao mesmo tempo. Ficamos um longo período sem contrato de manutenção e neste período tivemos perdas por desgaste do tempo, queda de raio, curto-circuito e vandalismo”, apontou.

COMPRA

O último contrato do município para manutenção corretiva e adequação de instalações no sistema de videomonitoramento venceu em novembro de 2016, não sendo renovado. Paralelo a este edital, a Sercomtel foi admitida em outro certame pela GM para prestação de serviço de fibra óptica para link que será usado na transmissão de filmagens das câmeras à central da Guarda.

Apesar desta retomada, a secretaria de Defesa Social admite a necessidade de adquirir mais aparelhos em breve. Muitos dos que foram recolhidos por problemas não têm mais possibilidade de recuperação. Em um lote enviado para reparos com 42 câmeras, por exemplo, mais da metade não tinha conserto. O cálculo é de que seja necessário comprar 50 novos instrumentos, o que depende de uma outra licitação a ser lançada e de recursos para aquisição.

PRÉDIOS MUNICIPAIS

A mesma empresa que fará a correção dos equipamentos espalhados pelas vias de Londrina também cuidará dos objetos que estão nos prédios públicos. Das cerca de 360 câmeras que a Guarda Municipal dispõe, aproximadamente 254 ficam em estruturas municipais. Nestes casos, existem dispositivos avariados, porém, a maioria vem funcionando e com o link sendo bancado pelas secretarias a qual a edificação ou espaço pertence.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com as imagens utilizadas para ajudar na elucidação da morte de um jovem na praça Rocha Pombo, no centro do município, em outubro. A câmera que gravou o rapaz sendo asfixiado é mantida pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização).