Imagem ilustrativa da imagem Cambé tem coleta de lixo totalmente terceirizada
| Foto: Divulgação - Prefeitura de Cambé

A Prefeitura de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) finalizou a terceirização da coleta de lixo na cidade. A mudança vinha acontecendo desde 2019, mas de forma gradativa, e o serviço foi concedido à iniciativa privada de maneira total nas últimas semanas. Até então, eram os próprios servidores do município que recolhiam o lixo nos imóveis.

O poder público estava trabalhando com seis veículos e a empresa com outro, totalizando sete. “Estávamos com caminhões velhos, com mais de 15 anos de uso, sendo utilizados em dois períodos. Para continuar com o município seria preciso renovar toda a frota”, afirmou José Roberto Matos do Amaral, secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

Segundo Amaral, foi feito um levantamento dos últimos cinco anos, que apontou que manter a municipalização do serviço teria custo superior à terceirização. O gasto mensal do Executivo estava em R$ 350 mil e com a licitação - que teve como vencedora a Costa Oeste – o montante reduziu para R$ 280 mil. “Nós trabalhávamos com motorista e quatro ajudantes. Eles estão com motorista e mais três. Não temos gasto com manutenção dos caminhões. Está tudo no contrato.”

Além do custo, outro problema indicado pelo secretário foi a diminuição das reclamações da população quanto à coleta. “Tínhamos uma situação com a falta de pessoal. Se uma pessoa não vem, atrapalha todo o serviço. Já se falta num serviço não emergencial, tem como postergar, que não prejudica”, destacou. A empresa contratada opera com cinco caminhões e 42 funcionários, que são divididos em dez turmas, com turnos durante o dia e noite.

REMANEJAMENTO

Já os 56 servidores que atuavam no recolhimento dos materiais orgânicos foram remanejados para outras funções na secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, como plantio de flores, retirada de colchões e imóveis da frente das casas e sacarias de folhas. Em Cambé são aproximadamente 42 mil domicílios, com 80 toneladas de lixo coletados diariamente. Em 80% dos imóveis os caminhões passam todos os dias e o restante em dias alternados ao longo da semana.

Os caminhões que estavam sendo utilizados também receberam nova destinação. Um deles foi transformado em transporte de maquinário, que até então tinha que ir “rodando” para o local; e o outro em tanque, para aguar as flores plantadas pelo município.

“Compramos um triturador de galhos e foram colocadas equipes só para poda de árvores, que antes não tínhamos e não precisamos terceirizar. O que é triturado vira adubo que serve para as 26 hortas comunitárias da cidade”, explicou José Roberto Matos do Amaral.

ATERRO

A prefeitura é responsável pelo aterro, para onde vai todo o lixo. Recentemente, uma esteira foi adquirida via Paraná Cidade, com gasto de R$ 650 mil. O equipamento substituiu um dos maquinários antigos, com mais de três décadas de uso. Parte do lixo orgânico levado para o descarte também é convertida em adubo, mas em quantidade pequena, em razão da contaminação pela falta da separação correta.