O projeto da Prefeitura de Cambé (Região Metropolitana de Londrina) para melhorar a segurança das 44 unidades escolares municipais começou com intervenções em cinco instituições, aproveitando o recesso de meio do ano. Funcionários de uma terceirizada – que já tinha contrato firmado com o poder público - estão trabalhando nos CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) Daisaku Ikeda e Antônio de Oliveira Geraldo e na escola Hilda Soares.

“A empresa contatada não tem capacidade de fazer todas as unidades de uma só vez por conta de mão de obra, material. Por isso, estamos dando a ordem de serviço de dez em dez unidades. O critério de escolha para iniciar foi da secretaria municipal de Obras a partir das escolas e centros mais vulneráveis”, explicou o prefeito Conrado Scheller. O planejamento é para que até o final do ano todas as instituições tenham recebido o serviço, que vai padronizar altura e características dos muros.

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Com as melhorias, as escolas e creches receberão muro e grade até alcançar a altura de 2,40 metros, além da instalação das cercas elétricas. Outro alvo de atenção é na retirada de estruturas ou objetos próximos dos muros - que possam facilitar a invasão -, como degraus e lixeiras. O custo é de R$ 2,5 milhões, sendo R$ 2 milhões apenas com a manutenção e o restante do valor para a cerca.

Em dois locais, entre eles o CMEI Pasquina Romagnolo Jacomel, uma licitação a parte terá que ser publicada para contratar uma empresa para executar o muro do zero, já que hoje o entorno dos prédios é com grades. “Estamos colocando a grade em cima dos muros e não subindo tudo o muro para a escola não parecer um presídio e muita menos tirar a luminosidade e a própria visualização de quem está dentro da escola”, destacou.

CÂMERAS E VIGILÂNCIA

Dentro do programa “Escola + Segura” a prefeitura ainda pretende instalar mais de 200 câmeras de segurança pela cidade, cerca de 90 em unidades escolares, e contratar vigias armados para as instituições de ensino, totalizando R$ 8,8 milhões por ano com as duas medidas. O edital para a vigilância está sendo analisado pela procuradoria para, na sequência, ser publicado.


“Vamos convocar psicólogos e assistentes sociais do concurso que foi feito recentemente para ampliar o trabalho psicológico nas escolas, permitindo que o mal seja identificado na raiz, como bullyng, situações de abuso. Porque se preocupar com isso apenas quando já é adolescente pode ser tarde demais. Vamos levar a sugestão de um trabalho em conjunto para o Governo do Estado”, defendeu

ATAQUE

As mudanças estruturais visando a segurança acontecem depois do ataque no colégio estadual Professora Helena Kolody, em 19 de junho, em que um ex-aluno de 21 anos atirou diversas vezes, matando o casal de estudantes Karoline Alves, 17, e Luan Augusto, 16. O assassino entrou na instituição pela porta da frente, alegando que precisava do histórico escolar. Ele foi preso e encontrado sem vida, posteriormente, na carceragem da Casa de Custódia.

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