As pessoas privadas de liberdade na Cadeia Pública de Marechal Cândido Rondon (Oeste), vão contar, a partir deste ano, com novas estruturas para formação educacional. Uma biblioteca e uma sala de aula foram construídas pelos próprios custodiados, por meio do programa de remição de pena, que prevê a redução de um dia a cumprir a cada três dias de trabalho.

“Agora estas pessoas terão a oportunidade de realizar cursos de educação de nível básico, fundamental e médio, graduação e cursos de qualificação profissional em um espaço apropriado, com uma sala totalmente equipada”, destacou o gestor da cadeia pública de Marechal Cândido Rondon, Paulo Roberto Lorenz.

Além de oferecer a formação educacional, a unidade também passa a ter o programa de remição pelos estudos e pela leitura. O investimento de R$ 8,8 mil foi custeado pelo Conselho da Comunidade da Comarca de Marechal Cândido Rondon. As dependências foram inauguradas na semana passada e o início das aulas está previsto para fevereiro.

“A parceria entre o Conselho da Comunidade e a Polícia Penal é fundamental para que essa reinserção social aconteça através dos estudos”, frisou Lorenz. Atualmente, cerca de 57% dos custodiados pela Polícia Penal desenvolvem alguma atividade educacional ou curso de qualificação profissional. Somente nos cursos de iniciação e qualificação profissional são 12.409 pessoas privadas de liberdade matriculadas.

Além destes, são ofertados cursos técnicos, de alfabetização, ensino fundamental I e II, ensino médio, ensino superior e preparatórios para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Imagem ilustrativa da imagem Cadeia de Marechal Cândido Rondon conta com biblioteca e sala de aula
| Foto: Divulgação - Polícia Penal do Paraná

Itamar Dall’Agnol, presidente do Conselho da Comunidade de Marechal Cândido Rondon, citou que a atuação em diversas frentes tem o objetivo de proporcionar o cumprimento de pena com dignidade e viabilizar parcerias com a iniciativa privada, por exemplo, para costura, artesanato e leitura para ocupação profissional. “Agora incluímos a formação educacional, visando ressocializar a população carcerária. Acreditamos na possibilidade de manter um sistema útil para devolver pessoas recuperadas e totalmente livres de seus encargos para retornar a convivência em sociedade com melhores condições de acesso ao mercado de trabalho e com perspectivas de vida melhores”, definiu.

A Polícia Penal do Paraná, por meio do seu Setor de Educação e Capacitação, tem como objetivo viabilizar Educação Básica, iniciação e qualificação profissional, participação em exames, Programa Remição pela Leitura e projetos nas áreas educacional, de cultura e esportes às pessoas privadas ou em restrição de liberdade do Sistema Prisional do Paraná. Com informações da AEN)

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