A maioria dos moradores ouvidos pela FOLHA diz que as mudanças causarão transtornos no início, mas podem melhorar o tráfego. Para o comerciante Vagner Mori Garrido, as alterações são necessárias. Ele considera o trânsito no Centro insuportável. ''À tarde é horrível. Quando chega 18 horas, você fica parado, mesmo com o semáforo aberto.'' Garrido ainda acredita que com o trânsito fluindo melhor, até as vendas devem aumentar. Segundo ele, muitos evitam passar pelo Centro em determinados horários.
O vendedor Leonardo Saiki, que trabalha na área central, acredita que a mudança será positiva. ''Todos os dias é complicado na hora de ir embora. Chega uma hora que fica tudo parado'', acrescentou. Já a vendedora Josane Aldivina de Oliveira não vê muita vantagem. Ela vai de ônibus para o trabalho e acha que agora terá de dar uma volta ainda maior para chegar ao emprego e voltar para casa. ''Podia ficar como tudo como está.''
Já a comerciante Edna Torii acha que a alteração é necessária, mas precisa vir acompanhada de uma ampla campanha de esclarecimento. Caso contrário, trará mais confusão do que benefício.
A Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) define como necessária a mudança para melhoria no trânsito na área central. Para o diretor da Acim, Ali Saadeddine Wardani, o projeto pode deixar a região mais moderna. Durante a apresentação do cronograma, também foi destacado que a fluidez no trânsito deve reduzir o número de acidentes. Há alguns anos, a cidade registra mais mortes causadas por acidentes do que por armas de fogo. (G.F.)