Começou a funcionar nesta semana um protetor perimetral no cemitério São Pedro, no centro de Londrina. O equipamento – instalado sobre o muro - cobre todo o quadrilátero e funciona como uma barreira com sensores. No momento em que uma pessoa passar o alarme sonoro e o sistema da GM (Guarda Municipal) são acionados. O custo foi de cerca de R$ 35 mil entre material e mão de obra.

“A pessoa que fica dentro do cemitério fora do horário só consegue sair sobre o muro e o portão. No momento em que ela ultrapassar a barreira, a guarda será acionada para vir até aqui. Além disso, temos pontos estratégicos com câmeras de segurança. A própria câmera interna pode identificar o malfeitor antes mesmo dele sair do cemitério”, explicou Pedro Ramos, secretário municipal de Defesa Social. O São Pedro tem quatro câmeras.

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O objetivo com a implementação da tecnologia é coibir furtos de materiais de bronze e metais dos jazigos, problema que rotineiramente gera reclamação da população. “Vai facilitar muito a segurança do nosso cemitério. Temos, por exemplo, situação em que a pessoa vem no horário de funcionamento, mas fica escondida até a noite, para sair com produto furtado. Agora terá a dificuldade em razão do alarme”, afirmou o superintendente da Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina), Péricles Deliberador.

A eficácia da barreira será analisada pelos próximos três meses, para que seja verificada a possibilidade de implementar em outros cemitérios. “Possivelmente continuaremos no Jardim da Saudade (zona norte) e Padre Anchieta (zona leste). No Anchieta pode levar um tempo maior, porque estamos num processo de licitação para fazer toda a calçada e trocar o muro antigo por pilares”, projetou. São 13 cemitérios municipais: cinco na área urbana e oito na rural.

Deliberador disse que houve uma diminuição de aproximadamente 90% nas ações criminosas nos últimos três anos. “É preciso ter atenção com o receptador, que deveria responder dobrado pelo crime. Das pessoas que furtam, 90% são viciadas em drogas. Quando são presas, dois dias depois estão na rua, porque não tem o que fazer”, alertou.

OUTRAS INTERVENÇÕES

Segundo Pedro Ramos, o aparelho faz parte do projeto “Monitorar para Proteger”, que foi apresentado para todas as secretarias para melhorar a segurança dos prédios públicos. “No caso dos cemitérios, fizemos outras intervenções, que foi uma câmera térmica (no São Pedro) e agora a cerca de infravermelho perimetral. Temos câmeras que identificam os veículos que entram. Mas antes disso acontecer foi necessário a construção de muros maiores, sistema para facilitar abertura dos portões para os guardas, poda de árvores e iluminação.”