Desde o início de janeiro, quem tem o costume de se refrescar no lago municipal de Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), conhecido como São Luiz, passou a conviver com uma nova realidade. É que o prefeito da cidade, Amin José Hannouche, elaborou um decreto proibindo que qualquer pessoa nade no local. A determinação está valendo desde o último dia 6, quando houve a publicação no Jornal Oficial do Município.

Imagem ilustrativa da imagem Banhistas estão proibidos de entrar em lago municipal de Cornélio Procópio
| Foto: Reprodução/Blog do Odair Matias

"Como estamos na época do verão, muitas pessoas procuram se banhar no lago. Não desejamos que isso aconteça porque não é o lugar ideal para banho. Por essa condição e também pelos acidentes que já aconteceram ali, fomos cobrados para tomar alguma medida. Antes não havia uma ordem oficial proibindo as pessoas nadarem. Colocamos placas de orientação, mas isso não estava sendo respeitado", disse Hannouche.

Para cumprir a determinação, a prefeitura já deslocou funcionários responsáveis pela fiscalização. O prefeito explicou que esses servidores atualmente auxiliam no acompanhamento da construção de um anfiteatro a céu aberto, obra do governo federal que custa aproximadamente R$ 1,5 milhão e está sendo erguida ao lado do lago. "Assim que tudo estiver pronto, espero que nesse ano ainda, colocaremos fiscais para cuidar tanto do prédio público quanto deste ponto de lazer", observou.

Segundo Hannouche, o final de tarde é o período do dia em que as pessoas mais frequentam o espaço, o que dificulta o controle da prefeitura, que já está fechada nesse horário. "A saída que encontramos foi buscar apoio da Polícia Militar. Tenho insistido junto ao comando do 18º Batalhão para que intensifique as rondas ao redor do Lago São Luiz. É importante salientar que esse decreto não vale para os pescadores, até porque nunca registramos um acidente assim", comentou.

Se a proibição for descumprida várias vezes, o prefeito não descarta adotar providências mais enérgicas, como multar os infratores. "Pode acontecer se houver necessidade. A princípio, não queremos radicalizar. Nesse momento, temos procurado divulgar o máximo possível para alertar a população sobre os riscos. Se esse trabalho educativo não funcionar, pensamos sim nas multas. Infelizmente, pelo menos na maioria dos casos, as pessoas mudam quando mexemos no bolso delas", completou Amin Hannouche.